Do leite para a alimentação complementar

A alimentação é essencial para a nossa sobrevivência e é determinante para a promoção de saúde e prevenção de diversas complicações de saúde. Isto porque os alimentos forrnecem-nos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento adequados, desde o momento em que estamos na barriga das nossas mães. 

A evidência tem vindo a mostrar o impacto do estado nutricional da grávida na saúde do seu bebé a longo prazo e ainda nos seus efeitos transgeracionais. 
Os primeiros 1000 dias, que correspondem ao período a partir do momento da concepção até aos 2 anos de vida de criança, é considerada com uma janela de oportunidade inigualável no desenvolvimento e crescimento. Nesse sentido, os nutrientes certos nos momentos certos desta janela de desenvolvimento poderão fazer a diferença no estado de saúde na idade adulta.

Sabia que nos primeiros 1000 dias de vida o cérebro se desenvolve mais do que em qualquer outra altura da vida?

Com a nutrição correta desde o início da vida poderá ser possível modular o risco de desenvolvimento de doenças na vida adulta, como doenças cardiovasculares, diabetes e cancro.

O leite materno contém toda a variedade de componentes essenciais para o adequado crescimento e desenvolvimento do recém-nascido. 
É recomendado por entidades como a Organização Mundial de Saúde e ESPGHAN, a Sociedade Europeia de Gastroenterologia e Nutrição Pediátrica, o aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida, devendo ainda ser mantida durante a introdução da alimentação complementar e da introdução na dieta familiar (até aos 12 ou mesmo 24 meses de vida).
Caso não seja possível o aleitamento materno exclusivo, é essencial a utilização de formulas infantis como complementos ou alternativas. 
Os efeitos positivos do aleitamento materno mantêm-se mesmo quando não é possível que seja exclusivo quando comparado a uma alimentação exclusiva com formula infantil. 

Já foi demonstrado que o feto desenvolve preferência pelos sabores dos alimentos que são ingeridos durante a gravidez e que essas preferências perduram durante a infância.
Assim, quando for feita a introdução da alimentação complementar, a criança vai escolher os alimentos com os sabores aos quais está mais familiarizado.
Diferentes estudos revelam que os sabores dos alimentos percepcionados no ambiente intra-uterino e através do leite materno têm influência nas preferências alimentares da criança e a sublinhar mais uma vez a importância da alimentação na saúde do bebé.

A partir dos 6 meses o aleitamento materno ou as fórmulas infantis não são suficientes para suprir as necessidades nutricionais, por exemplo de minerais como o zinco, o ferro e o cobre e as vitaminas B1 e B3, e energéticas. 
Torna-se assim necessária a introdução da alimentação complementar para garantir o fornecimento destes nutrientes. 
É também a partir desta altura que se inicia o desenvolvimento motor, sensorial e dos diferentes órgãos e sistemas.

É aproximadamente no início dos 5 meses de vida que as funções gastrointestinais e renais estão amadurecidas de forma a permitir o processo de introdução de alimentos sólidos e líquidos, além do leite materno ou fórmula infantil. 
E é aproximadamente no início dos 7 meses de vida que adquirem competências motoras necessárias que possibilitam a introdução de alimentos de forma segura.

Destacamos alguns indicadores de que o bebé poderá estar pronto para a diversificação alimentar, além da idade, são:

  • Sentar e manter a posição sem ajuda;
  • Manter a cabeça numa posição firme;
  • Perda do reflexo de extrusão lingual (reflexo de defesa do bebé), o que permite que mantenha os alimentos na boca e que não os cuspa de volta de forma automática;
  • Interesse pelos alimentos demostrada pela coordenação do movimento dos olhos de forma a olhar, pegar e colocar os alimentos na boca sozinho;
  • Desenvolvimento do movimento de pinça com as mãos que indica capacidade de ir buscar os alimentos.

Diferentes fatores devem ser tidos em conta no momento da decisão da introdução da alimentação complementar. E reconhecer que cada bebé é diferente devido ao seu padrão de crescimento intra-uterino e nos primeiros meses de vida e tem a sua própria herança genética e é necessária uma avaliação individual de cada caso.

Contacte-nos para saber como a Dra. Çagla Sen, responsável pela criação do nosso Nordic Maternity Program, pode dar o apoio que precisa ou para marcar a sua consulta por email info@nordicclinic.pt ou ligue-nos 222 081 982.

Referências:

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  • Gluckman P, Hanson MA, Beedle AS. Early life events and their consequences for later disease: A life history and evolutionary perspective. Am J Hum Biol 2007; 19 (1): 1-19Koletzko, 2012
  • Gruszfeld D, Socha P. Early Nutrition and Health: short- and long-term outcomes. World Rev Nutr Diet 2013; 108: 32-9.
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  • WHO. Infant and Young Child Feeding: Model Chapter for Textbooks for Medical Students and Allied Health Professionals. Geneva: World Health Organization, 2009.
  • ESPGHAN Committee on Nutrition, Agostoni C, Braegger C, Decsi T, Kolacek S, Koletzko B, Michaelsen KF, Mihatsch W, Moreno LA, Puntis J, Shamir R, Szajewska H, Turck D, van Goudoever J. Breast-feeding: A Commentary by the ESPGHAN Committee on Nutrition. J Pediatr Gastroenterol Nutr 2009; 49 (1):112-125.
  • Aggett P. Population reference intakes and micronutrient bioavailability: a European perspective. Am J Clin Nutr. 2010;91(suppl):1433S-7S.
  • Fewtrell, M., Bronsky, J., Campoy, C., Domellöf, M., Embleton, N., Fidler Mis, N., Hojsak, I., Hulst, J. M., Indrio, F., Lapillonne, A., & Molgaard, C. (2017). Complementary Feeding: A Position Paper by the European Society for Paediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition (ESPGHAN) Committee on Nutrition. Journal of pediatric gastroenterology and nutrition64(1), 119–132. https://doi.org/10.1097/MPG.0000000000001454
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  • Gen-Hua Zhang, Meng-Ling Chen, Si-Si Liu, Yue-Hua Zhan, Ying Quan, Yu-Mei Qin, Shao-Ping Deng, Effects of Mother’s Dietary Exposure to Acesulfame-K in Pregnancy or Lactation on the Adult Offspring’s Sweet Preference, Chemical Senses, Volume 36, Issue 9, November 2011, Pages 763–770

Magnésio: o seu papel na saúde e em que medida pode ajudar em casos de endometriose?

O magnésio é um mineral conhecido essencialmente pela sua ação importante no relaxamento muscular e na otimização da função cerebral.

Contudo, seria bastante redutor limitar o magnésio a estas duas funções. Até ao momento, de acordo com a evidência científica, sabe-se que o magnésio é cofactor de mais de 300 enzimas que regulam diferentes reações bioquímicas, tornando-se, portanto, essencial para o bom funcionamento do organismo em geral.


Das inúmeras funções do magnésio no organismo, destacamos algumas:
– Ajuda na regulação dos níveis de açúcar no sangue e de insulina
– Participa na síntese proteica
– Tem um efeito calmante
– Regula os níveis de cálcio, importante para a manutenção da saúde óssea- Participa no processo de obtenção de energia, em particular na síntese de ATP
– Tem um efeito positivo em casos de hipertensão
– Ajuda na contração muscular e cardíaca, sendo importante para a saúde cardiovascular
– É cofator na conversão de vitamina D para a sua forma mais ativa- Participa na síntese de melatonina, contribuindo a melhoria do padrão de sono
– Participa na produção de neurotransmissores como a serotonina
Nos casos de endometriose, o magnésio parece ter um papel igualmente importante.


A endometriose é uma doença inflamatória, dependente de estrogénio, que se caracteriza pela presença de tecido endometrial fora do útero e que afeta cerca de 10-15% das mulheres em idade fértil.


Um dos sintomas mais comuns da doença é a dor pélvica, o que faz com que muitas mulheres que sofrem de endometriose vejam a sua qualidade de vida ser diminuída devido à dor que sentem, não só durante a menstruação como também ao longo de todo o ciclo. Assim, um dos principais objetivos do tratamento da doença é o controlo da dor.

Devido à sua ação relaxante muscular, o magnésio parece ter um impacto positivo no controlo da dor e das cólicas menstruais.

Além disso, a ingestão de níveis mais elevados de magnésio parece estar associada a níveis mais baixos de marcadores inflamatórios como a interleucina-6, tendo um efeito benéfico na modulação da inflamação característica da endometriose.

Por ser um nutriente importante no processo de eliminação de toxinas e de estrogénios, pode também ajudar a regular os níveis de estrogénio no organismo.

A dose diária recomendada de magnésio é:
– Crianças (até aos 13 anos): 75mg-240mg
– Adolescentes (dos 14 aos 18 anos)
– Homens: 410mg
– Mulheres: 360mg
Adultos (a partir dos 19 anos)
– Homens: 400mg a 420mg
– Mulheres: 310mg a 320mg

No entanto, tal como outros minerais e vitaminas, o magnésio é um nutriente “consumível” pelo que as suas necessidades variam ao longo da vida, devido a fatores como a idade, género, condições clínicas específicas (ex: diabetes mellitus tipo 2), toma de determinados medicamentos (ex: certos protetores gástricos) ou em casos em que as necessidades estão aumentadas (ex: gravidez ou amamentação).

Assim,  em alguns casos, pode ser necessário garantir o aporte adequado de magnésio através da suplementação.

Existem diferentes tipos de suplementos de magnésio disponíveis no mercado: óxido de magnésio, citrato de magnésio, magnésio bisglicinato, entre outras. Por isso, na hora de escolher o suplemento é necessário avaliar não só a dose como o tipo de magnésio e o objetivo da toma.
Alguns estudos mostraram que o magnésio nas formas de aspartato, citrato, lactato e cloreto é melhor absorvido e é mais biodisponível do que o óxido de magnésio e o sulfato de magnésio.

Assim, caso esteja a considerar fazer suplementação com magnésio, procure um profissional de saúde qualificado, que possa orientar na dose e na formulação de magnésio mais adequada para si.

Contacte-nos para saber como a Drª Andreia Morim pode dar o apoio que precisa ou para marcar a sua consulta por email info@nordicclinic.pt ou ligue-nos 222 081 982.

Referências:
Boyle NB, Lawton C, Dye L. The Effects of Magnesium Supplementation on Subjective Anxiety and Stress-A Systematic Review. Nutrients. 2017 Apr 26;9(5):429. doi: 10.3390/nu9050429. PMID: 28445426; PMCID: PMC5452159.
Volpe SL. Magnesium in disease prevention and overall health. Adv Nutr. 2013 May 1;4(3):378S-83S. doi: 10.3945/an.112.003483. PMID: 23674807; PMCID: PMC3650510.
Houston M. The role of magnesium in hypertension and cardiovascular disease. J Clin Hypertens (Greenwich). 2011 Nov;13(11):843-7. doi: 10.1111/j.1751-7176.2011.00538.x. Epub 2011 Sep 26. PMID: 22051430.
Antunes, B., Mação, N., Moreira, J., Ramos, A. (2018). Nutrição Funcional na Saúde da Mulher. Atheneu. Rio de Janeiro.
https://ods.od.nih.gov/factsheets/Magnesium-HealthProfessional/
Harris HR, Chavarro JE, Malspeis S, Willett WC, Missmer SA. Dairy-food, calcium, magnesium, and vitamin D intake and endometriosis: a prospective cohort study. Am J Epidemiol. 2013 Mar 1;177(5):420-30. doi: 10.1093/aje/kws247. Epub 2013 Feb 3. PMID: 23380045; PMCID: PMC3626048.

Síndrome de Overtraining

O treino bem planeado contempla momentos mais intensos e de maior volume sendo que estas fases árduas de treino devem ser acompanhadas por uma recuperação adequada.

O objetivo do treino, no âmbito d@s atletas de elite, assenta na melhoria efetiva da performance desportiva, ao realizar treinos mais exigentes do ponto de vista físico. Ora, tal pode resultar em fadiga aguda e decréscimo do rendimento, mas que após um período adequado de descanso @s atletas experienciam uma adaptação positiva. Este fenómeno, do inglês, functional overreaching, contribui para uma melhoria da performance após a recuperação. No entanto, quando @s atletas não respeitam de forma exímia o equilíbrio entre treino e recuperação, contribuindo para uma acumulação de volume de treino e/ou stress não-associado ao treino, poderá ocorrer a Síndrome de Overtraining (SO). A SO é caraterizada por elevados níveis de stress, resultando numa fadiga persistente e perda de rendimento global, podendo ou não incluir sintomas fisiológicos e psicológicos. Esta síndrome é normalmente precedida por uma fase inicial, denominada, do inglês, Nonfunctional overreaching (NFOR). Na verdade, a diferença entre estes dois fenómenos é bastante complexa, e dependerá dos resultados clínicos. Contudo, parece basear-se na severidade e duração dos sinais, sintomas e alterações hormonais/fisiológicas, sendo que na NFOR a restauração do desempenho e capacidade atlética pode demorar entre dias e semanas, e na SO podem estender-se até semanas e meses. 

Qual a fisiopatologia?

Efetivamente, a origem desta síndrome parece desconhecida, multifatorial e bidirecional. As hipóteses propostas assentam em alterações bioquímicas e hormonais, que incluem:

– Depleção de glicogénio;

– Fadiga central/depleção de amino ácidos de cadeia ramificada;

– Depleção de glutamina/disfunção imune;

– Stress oxidativo;

– Desregulação hipotalâmica;

– Inflamação/libertação exacerbada de citocinas pró-inflamatórias.

O mecanismo que prime o gatilho para que estas alterações ocorram inclui uma complexa combinação de fatores psicológicos e ambientais, como distúrbios no sono, alimentação desadequada, agenda de competições intensa, viagens, dificuldades interpessoais, lesões, ocupações/stress académico, entre outros.

Qual a prevalência?

Na verdade, não existem dados suficientes que nos permitam saber a prevalência atual desta condição, contudo estima-se que 60% dos atletas de elite sofram de OS/NFOR.Esta síndrome é transversal a diversas modalidades, como o futebol, ciclismo, natação e corrida. 

A importância do diagnóstico diferencial

Nos últimos anos, a evidência científica disponível relativa aos mecanismos da fisiopatologia da SO tem vindo a aumentar, justificando a necessidade de ferramentas adequadas que possibilitem um diagnóstico correto e específico para a modalidade desporto em questão.

Dado que o diagnóstico da OS/NFOR consiste num diagnóstico de exclusão, é importante que o profissional de saúde consiga excluir todas as possíveis causas que possam justificar a diminuição do desempenho desportivo acompanhado pelo extremo cansaço d@ atleta. Efetivamente, o consumo exagerado de cafeina e os sintomas consequentes da sua abstinência, anemia, infeção do trato respiratório superior, doença de Lyme, insuficiência adrenocortical, doença renal crónica, hipotiroidismo, efeitos secundários da medicação e doença coronária apresentam sinais e sintomas que são transversais à OS/NFOR. 

Alterações reportadas com frequência:

– Diminuição da performance;

– Fraqueza muscular;

– Fadiga crónica;

– Dor muscular;

– Aumento da perceção à dor;

– Redução da motivação;

– Distúrbios no sono;

– Perda de apetite;

– Distúrbios gastrointestinais;

– Infeções recorrentes;

– Aumento da frequência cardíaca matinal ou durante a noite;

– Alterações de humor constantes (pouco vigor, cansaço, depressão)

O overtraining e a incidência de infeções são razões pelas quais @s atletas não cumprem as expectativas relativamente à sua performance.

Atletas apresentam exigências físicas e cognitivas magnânimas e é crucial desenhar um plano de intervenção capaz de suprir todas as suas necessidades e requisitos. Na verdade, atletas que treinam a elevadas intensidades, particularmente em modalidades de endurance, parecem ser mais suscetíveis à ocorrência de infeções – à luz da evidência científica, tal parece estar relacionado com a depressão da função do sistema imunitário. Esta ligação entre treino intenso e imunodepressão pode constituir uma ferramenta capaz de identificar possíveis casos de risco de SO.

A comunidade científica desportiva tem-se debatido sobre quais são os marcadores ideais e capazes de identificar o estado do sistema imunológico d@s atletas. Alguns destes incluem testes de esforço, diários com registo de sintomas (fadiga, dor muscular), monitorização da frequência cardíaca durante o sono e perfis psicológicos. Para além destes, a medição da permeabilidade intestinal – estando o seu aumento associado ao exercício físico, pode facilitar a entrada de endotoxinas para a circulação, o que ativa a síntese de citocinas inflamatórias e, consequentemente, contribui para o aumento do grau de inflamação sistémica. A nutrição e alimentação desadequadas podem prejudicar o estado nutricional d@ atleta, o que pode comprometer a resiliência do seu sistema imune, síntese de neurotransmissores a nível intestinal, síntese de ácidos gordos de cadeia curta com potencial anti-inflamatório e prejudicar o fornecimento de energia, crucial durante o exercício físico. Por fim, distúrbios no sono, particularmente as insónias, desequilibram o sistema nervoso autónomo, e todos os eixos que o constituem, incluindo o eixo-hipotálamo-hipófise-adrenal, tendo como consequência distúrbios na síntese de glicocorticoides, como o cortisol, podendo aumentar o catabolismo proteico, impactar no ritmo circadiano, eficiência do sono e nos níveis de energia diurnos.

Dadas as particularidades da SO/NFOR, reforçamos a importância da consulta e acompanhamento por um profissional de saúde de excelência, que consiga guiar e orientar @ atleta, com fim último na melhoria da sua saúde a longo prazo, e por consequência do seu rendimento e sucesso desportivo.

Na Nordic Clinic temos à disposição o Nordic Sports Performance com o Dr Eduardo Coelho e apoio da Drª Inês Mazagão, desenvolvido a pensar em atletas e no seu rendimento desportivo. Contacte-nos para saber como a equipa o poderá ajudar 222 081 982 ou info@nordicclinic.pt

1. Meeusen R, Duclos M, Foster C, Fry A, Gleeson M, Nieman D, et al. Prevention, diagnosis, and treatment of the overtraining syndrome: joint consensus statement of the European College of Sport Science and the American College of Sports Medicine. Med Sci Sports Exerc. 2013; 45(1):186-205.

2. Bell L, Ruddock A, Maden-Wilkinson T, Rogerson D. Overreaching and overtraining in strength sports and resistance training: A scoping review. J Sports Sci. 2020; 38(16):1897-912.

3. Carfagno DG, Hendrix JC, 3rd. Overtraining syndrome in the athlete: current clinical practice. Curr Sports Med Rep. 2014; 13(1):45-51.

4. Cardoos N. Overtraining syndrome. Curr Sports Med Rep. 2015; 14(3):157-8.

5. Kenttä G, Hassmén P. Overtraining and recovery. A conceptual model. Sports Med. 1998; 26(1):1-16.

Miso

O que é?

O Miso é uma pasta fermentada à base de soja, tradicional do Japão, com um sabor e aroma característicos, utilizado predominantemente como tempero na sopa miso.

Podemos incluí-lo no grupo dos alimentos fermentados, ao lado da kombucha, do kefir, do tempeh, entre outros. Este grupo de alimentos e bebidas desenvolvem-se a partir da ação de microrganismos que utilizam como substrato os hidratos de carbono do alimento que são capazes de fermentar e produzir compostos como o dióxido de carbono, álcool e ácido lático

Estes microrganismos presentes no miso são essenciais para o desenvolvimento e intensificação do seu sabor, textura e perfil nutricional. É um alimento conhecido pelo seu sabor salgado e umami, uma categoria de sabor que emerge devido à quebra das proteínas em ácido glutâmico.

Potenciais benefícios 

O miso pode ser considerado um alimento saudável devido ao seu valor nutricional, sendo rico em proteína (proveniente dos grãos de soja) e oligossacáridos, que são fibras prebióticas importantes para a saúde gastrointestinal. 

Sendo um alimento fermentado, o miso, é também considerado um alimento probiótico, uma vez que contém na sua composição microrganismos vivos com potenciais efeitos benéficos no equilíbrio do microbiota intestinal. 

Os alimentos fermentados contêm ainda metabolitos microbianos, frequentemente denominados de pós-bióticos, que aumentam o valor nutricional destes alimentos. Dos pós-bióticos produzidos durante a fermentação fazem parte certas vitaminas, bacteriocinas, e imunopotenciadores que parecem ter benefícios diretos na saúde.  

Em conjunto com o seu excelente valor nutricional, o consumo de miso pode ainda apresentar efeitos antidiabéticos, antioxidantes, anti-inflamatórios, anticancerígenos e anti-hipertensivos.

Como consumir?

Por conter bactérias ativas, o mesmo não deve ser fervido. Assim, a melhor forma de utilizar esta pasta é adicionar no final da preparação de sopas, caldos ou molhos. 

A seguir, deixamos uma sugestão de receita para que possa saborear e retirar o máximo partido deste alimento!

Sugestão de Receita: Sopa Rica de Miso

Tempo de preparação + cozedura: 20 minutos

Dose para 4 pessoas

Lista de Ingredientes:

  • 300 g de cogumelos frescos (Shiitake, Pleurons ou outros a gosto)
  • 1 litro de água
  • 1 cebola
  • 1 dente de alho
  • 1 a 2 cenouras
  • 1 talo de alho francês
  • 30g de noodles de arroz
  • 2 tiras com 5 cm de Alga Wakame 
  • 1 colher de sobremesa de miso (para cada taça de sopa)
  • 1 fio de azeite
  • 200g de tofu cortado em cubos 
  • Temperos a gosto: pimenta preta, noz-moscada, etc.
  • Cebolinho picado a gosto
  • Sementes de sésamo (opcional)

Preparação: 

  1. Partir a cebola, o dente de alho, a cenoura, o alho francês e os cogumelos em pedaços pequenos. 
  2. Num tacho, juntar um fio de azeite, a cebola e o alho. Deixar amolecer.
  3. Seguidamente, juntar o alho francês, a cenoura e os cogumelos. Envolver tudo.
  4. Juntar a água. Tapar o tacho e deixar cozinhar cerca de 10 a 15 minutos.
  5. Juntar temperos a seu gosto. 
  6. Desligar o lume e juntar o tofu (cortado em pequenos cubos) e os noodles de arroz.
  7. Seguidamente, numa taça de sopa, juntar o miso e dissolver bem com um pouco do caldo da sopa.
  8. Por fim, acrescentar o cebolinho picado e as sementes de sésamo. 

Referências:

  1. Allwood, J. et al. (2021). Fermentation and the microbial community of Japanese koji and miso: A review, Journal of Food Science, doi.org/10.1111/1750-3841.15773
  2. Stiemsma, L. T., et al. (2020). Does Consumption of Fermented Foods Modify the Human Gut Microbiota? The Journal of Nutrition. doi:10.1093/jn/nxaa077 
  3. Aslam, H., Green, J., Jacka, F. N., Collier, F., Berk, M., Pasco, J., & Dawson, S. L. (2018). Fermented foods, the gut and mental health: a mechanistic overview with implications for depression and anxiety. Nutritional Neuroscience, 1–13. doi:10.1080/1028415x.2018.1544332 

Sucesso na perda de peso: estará a resposta no intestino?

O microbiota intestinal é único em cada indivíduo e é influenciado por fatores como a genética, uso de antibióticos, dieta entre outros factores.

Hoje em dia, existem diversas intervenções para tratamento da obesidade, tais como:

  • Modificações ao estilo de vida, onde estão incluídos a dieta, a prática de exercício físico e terapia comportamental;
  • Tratamento farmacológico;
  • Cirurgia

Qualquer uma destas intervenções podem ter um impacto no micrbioma intestinal 

Estudos demonstram que as dietas restritas podem promover a redução na diversidade do microbiota intestinal, não pela perda de peso em si mas pela deficiência de macronutrientes – hidratos de carbono, gorduras e proteínas.
Cada um destes macronutrientes tem um papel distinto e importante no microbiota, sendo alguns exemplos:

  • Os hidratos de carbono complexos são fontes de prebióticos, isto é, são alimentos para as bactéria benéficas do nosso microbiota;
  • As gorduras têm influencia na composição do microbiota e na permeabilidade intestinal;
  • As proteínas  têm impacto na diversidade do microbiota.

Pode neste momento já ter a noção da importância deste assunto e até estar a fazer um probiótico. 
Mas será o mais adequado ao seu caso? Será que tem estirpes de bactérias suficientes e será que são as certas? 
Mais ainda, sabia que se não estiver a ingerir fibra suficiente através da dieta, essas bactérias benéficas não têm como sobreviver?

Então, uma vez que cada pessoa tem uma história única e consequentemente uma composição de bactérias intestinais única e a dieta tem impacto na composição e diversidade destas, uma intervenção dietética tendo em conta todos estes factores pode definir o sucesso da perda de peso (e não penas o balanço energético negativo, como temos vindo a demonstrar ao longo desta série de artigos).

Referências:

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  • Duncan SH, Belenguer A, Holtrop G, Johnstone AM, Flint HJ, Lobley GE. Reduced dietary intake of carbohydrates by obese subjects results in decreased concentrations of butyrate and butyrate-producing bacteria in feces. Appl Environ Microbiol 2007; 73: 1073–1078.
  • Walker AW, Ince J, Duncan SH et al. Dominant and dietresponsive groups of bacteria within the human colonic microbiota. ISME J 2011; 5: 220–230. 31. 
  • Cotillard A, Kennedy SP, Kong LC et al. Dietary intervention impact on gut microbial gene richness. Nature 2013; 500: 585–588.
  • Voreades N, Kozil A,Weir TL. Diet and the development of the human intestinal microbiome. Front Microbiol 2014; 5: 494.
  • Ursell LK, Clemente JC, Rideout JR, Gevers D, Caporaso JG, Knight R. The interpersonal and intrapersonal diversity of human-associated microbiota in key body sites. J Allergy Clin Immunol 2012; 129: 1204–1208.
  • Moreira AP, Texeira TF, Ferreira AB, Peluzio MC, Alfenas RC. Influence of a high-fat diet on gut microbiota, intestinal permeability and metabolic endotoxaemia. Br J Nutr 2012; 108: 801–809.
  • Kim E, Kim DB, Park JY. Changes of mouse gut microbiota diversity and composition by modulating dietary protein and carbohydrate contents: a pilot study. Prev Nutr Food Sci 2016; 21: 57–61.

Obesidade e COVID-19

Um estado nutricional ótimo é essencial para o bom funcionamento do sistema imunitário e as vitaminas D, C, A e minerais como o zinco e o selénio são alguns dos nutrientes que têm um papel de destaque.

A dieta ocidental é caracterizada por ser rica em gorduras saturadas, açúcar e hidratos de carbono refinados e por isso é uma dieta de baixa densidade nutricional, podendo levar à deficiência dos nutrientes acima mencionados. 
Este tipo de dieta é dos maiores contribuidores para a ocorrência de doenças metabólicas, onde estão incluídas a diabetes e a obesidade. 
Esta informação torna-se ainda mais relevante tendo em conta o contexto de pandemia e uma vez que já é possível observar o risco aumentado de efeitos mais severos da infeção por COVID-19 em pacientes com obesidade.

Com o aumento do perímetro abdominal, o risco de diabetes também aumenta. 
Um estudo da China demonstrou que pacientes infetadas com COVID-19 e com diabetes tipo 2 tiveram necessidades de intervenções médicas acrescidas e o risco de mortalidade aumentado. 

Também o tecido adiposo tem um papel nas funções imunitárias e endócrinas. Nos pacientes com obesidade podem ocorrer alterações neste tecido que podem causar desregulação nestes sistemas. 

Podemos concluir que a obesidade por si só é um fator de risco mas que também contribui para outras doenças metabólicas como é o caso da diabetes tipo 2 e hipertensão e que também parecem estar associados a piores efeitos da COVID-19. 

Além do risco aumentado de desenvolver doenças coronárias e diabetes, a obesidade pode também ter um impacto negativo sobre a função imune, o que se torna importante no contexto de pandemia em que nos encontramos. 

Referências:

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  • Anderson CJ et al. Impact of obesity and metabolic syndrome on immunity. Adv Nutr. 2016;7(1):66-75.

Relação intestino-tiróide

A microbiota intestinal é essencial para o bom funcionamento do organismo. Entre algumas das suas funções, destacam-se:

  • Regulação da homeostase 
  • Modulação da resposta imunitária (mais de 70% das células imunitárias encontram-se no intestino)
  • Síntese de vitaminas como a K, o ácido fólico, as vitaminas B2, B3, B5, B6, B7 e B12
  • Captação de nutrientes essenciais para a função tiroideia como o iodo, o selénio, o zinco e o ferro
  • Digestão da fibra proveniente da dieta 
  • Impacto na função da tiroide

Da fermentação da fibra surgem os ácidos gordos de cadeia curta (AGCC) que servem de energia para os enterócitos que por sua vez intervêm na digestão e absorção de nutrientes. E, além disso,  os AGCC têm um papel importante na regulação imunitária e efeitos anti-inflamatórios.

Fatores como a localização geográfica, o tipo de parto, o aleitamento materno, a toma de antibióticos, a genética, o ambiente e a dieta têm impacto sobre a composição da microbiota intestinal.

A disbiose intestinal é comumente encontrado em pacientes com doenças autoimunes. Esta alteração da microbiota altera a resposta inflamatória promovendo a inflamação e reduzindo a tolerância imunitária. Isto pode levar à lesão da barreira intestinal e ao aumento da permeabilidade desta barreira e a consequente passagem de antigénios que podem provocar resposta imunitária e inflamação local. 
Este cenário pode ser um dos fatores que leva a que haja uma forte associação entre as doenças autoimunes da tiróide e a doença celíaca e a sensibilidade ao glúten não celíaca. 

Em conclusão, o ambiente intestinal desequilibrado, juntamente com outros fatores ambientais e predisposição genética associados, pelo seu efeito negativo no sistema imunitário, poderá ser promotor de doenças autoimunes como a tiroidite de Hashimoto. 
E, por isso, estudos têm vindo a mostrar que pacientes com doenças autoimunes reportam melhorias na qualidade de vida com mudanças na dieta nesse sentido. 

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Referências:

  • Maslowski, K.M.; MacKay, C.R. Diet, gut microbiota and immune responses. Nat. Immunol. 2011, 12, 5–9.
  • Fr hlich, E.; Wahl, R. Microbiota and thyroid interaction in health and disease. Trends Endocrinol. Metab. 2019, 30, 479–490
  • de Oliveira, G.L.V.; Leite, A.Z.; Higuchi, B.S.; Gonzaga, M.I.; Mariano, V.S. Intestinal dysbiosis and probiotic applications in autoimmune diseases. Immunology 2017, 152, 1–12.
  • Knezevic J, Starchl C, Tmava Berisha A, Amrein K. Thyroid-Gut-Axis: How Does the Microbiota Influence Thyroid Function? Nutrients. 2020 Jun 12;12(6):1769. doi: 10.3390/nu12061769. PMID: 32545596; PMCID: PMC7353203.
  • Fang, H.; Kang, J.; Zhang, D. Microbial production of vitamin B(12): A review and future perspectives. Microb. Cell Factories 2017, 16, 15.
  • Gu, Q. Biosynthesis of Vitamins by Probiotic Bacteria. Available online: https://doi.org/10.5772/63117
  • Lerner, A.; Jeremias, P.; Matthias, T. Gut-thyroid axis and celiac disease. Endocr. Connect. 2017, 6, R52–R58.
  • Qin, J.; Zhou, J.; Fan, C.; Zhao, N.; Liu, Y.; Wang, S.; Cui, X.; Huang, M.; Guan, H.; Li, Y.; et al. Increased circulating Th17 but decreased CD4+Foxp3+ Treg and CD19+CD1dhiCD5+ Breg subsets in new-onset Graves’ disease. Biomed Res. Int. 2017, 2017, 1–8.

Viver com tiroidite de Hashimoto

A tiroidite de Hashimoto é uma condição autoimune em que há a destruição das células da tiróide pelo próprio sistema imune. 
A tiroidite de Hashimoto pode evoluir para hipotiroidismo, sendo aliás a causa mais comum de hipotiroidismo. 
É mais comum nas mulheres e o risco de desenvolver esta condição aumenta com a idade.

As causas da tiroidite de Hashimoto podem ser genéticas, ambientais (onde se inclui: deficiências e excessos nutricionais, exposição a disruptores endócrinos, stress e etc.) e fatores como a idade e género. 

Esta condição desenvolve-se de forma gradual e os sintomas podem ser inespecíficos numa fase inicial, destacando-se:

  • Obstipação
  • Cansaço (mesmo dormindo as horas suficientes)
  • Pele seca
  • Ganho de peso sem explicação
  • Dificuldade de concentração e memória
  • Alteração da temperatura corporal 
  • Diminuição de libido
  • Queda de cabelo
  • Depressão
  • Baixa tolerância ao frio

Estudos demonstram que indivíduos com tiroidite de Hashimoto têm níveis elevados de stress oxidativo e este é também associado com a progressão da condição. O stress oxidativo ocorre quando há um excesso de radicais livres, que são moléculas muito instáveis que em condições normais são essenciais para o bom funcionamento do organismo, mas que quando os níveis aumentam podem provocar dano às células e ainda ao DNA. 


A exposição a metais pesados, ingestão de álcool, tabaco, contaminantes presentes nos alimentos, obesidade e ainda a flutuação dos níveis de açúcar no sangue são alguns dos fatores que podem contribuir para o aumento da concentração dos radicais livres e consequente stress oxidativo.

Tal como mencionado neste post http://porto.nordicclinic.com/qual-o-impacto-da-tiroide-na-sua-saude/, a nutrição tem um grande impacto no correto funcionamento da tiróide. 


Além disso, com a diminuição da função da tiróide que têm impacto no gasto energético do organismo e que pode resultar num aumento de peso em indivíduos com tiroidite de Hashimoto. Existe uma forte relação entre o aumento de peso, aumento de gordura, stress oxidativo e o processo inflamatório. 


Desta forma, torna-se imperativo a avaliação individual e a elaboração de um plano personalizado de forma  a corrigir os excessos e as deficiências nutricionais, a gestão do peso e a implementação de mudanças no estilo de vida que permitam a melhor gestão dos sintomas e melhoria de qualidade de vida de pessoas com tiroidite de Hashimoto. 

Convidamos também a ouvir este esisódio de podcast Own Your Health em que a Dra Çagla Sen responde a questões relacionadas com a tiroidite de Hashimoto: https://open.spotify.com/episode/5c9Pfpcf4Wizzs9RU9Rtjz?si=bT_3JMLiRGWFBUg36ntokg&dl_branch=1

Temos muito gosto em ajudá-lo, contacte-nos através:
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Referências:
Aseervatham GS, Sivasuda T, Jeyadevi R, Arul Ananth D. Environmental factors and unhealthy lifestyle influence oxidative stress in humans – an overview. Environ Sci Pollut Res Int. 2013; 20(7): 4356–4369. https:// doi.org/10.1007/s11356-013-1748-0

Wiersinga WM. Clinical Relevance of Environmental Factors in the Pathogenesis of Autoimmune Thyroid Disease. Endocrinol Metab. 2016; 31: 213–22. https://doi.org/10.3803/EnM.2016.31.2.213

Ihnatowicz P, Drywień M, Wątor P, Wojsiat J. The importance of nutritional factors and dietary management of Hashimoto’s thyroiditis. Ann Agric Environ Med. 2020 Jun 19;27(2):184-193. doi: 10.26444/aaem/112331. Epub 2019 Oct 2. PMID: 32588591.

Manna P, Jain SK. Obesity, oxidative stress, adipose tissue dysfunction, and the associated health risks: causes and therapeutic strategies. Metab Syndr Relat Disord. 2015; 13: 423–444. https://doi.org/10.1089/ met.2015.0095. 

Qual o impacto da tiróide na sua saúde?

A glândula tiroideia é um órgão vital para o funcionamento do organismo. Tem a forma de uma borboleta e está localizada na base do pescoço. 

A função da tiróide é a produção de hormonas tiroideias: a triiodotironina ( ou T3) e a tetraiodotironina (ou tiroxina ou T4). 
A quantidade de hormonas produzidas pela tiróide é regulada pela hormona estimulante da tiroide (ou TSH).

As hormonas tiroideias têm um papel importante:

  • No metabolismo;
  • Na regulação da temperatura corporal; 
  • Na frequência cardíaca;
  • No crescimento e desenvolvimento (em especial no desenvolvimento cerebral durante a infância).

Exemplificando: 
Quando os níveis de T3 e T4 estão baixos, é produzido mais TSH que estimula a tiroide para um maior produção da T3 e da T4. Quando os valores estão normalizados, a estimulação pela TSH diminui.

As alterações mais comuns no funcionamento da tiroide são:

  • Nódulos na tiroide (benignos ou malignos)
  • Hipotiroidismo: produção insuficiente de hormonas tiroideias
  • Hipertiroidismo: produção excessiva de hormonas tiroideias
  • Doenças autoimunes: no caso de anticorpos  contra a tiróide (por exemplo: tiroidite de Hashimoto), sendo a causa mais comum de hipotiroidismo

Os sintomas variam de individuo para individuo. 
hipertiroidismo é caracterizado pela aceleração das funções e os sintomas mais comuns poderão ser: palpitações, perda de peso, cansaço, insónias, entre outros.
Por outro lado, hipotiroidismo pode causar sintomas como aumento de peso, confusão mental, obstipação, intolerância ao frio, entre outros. 

A nutrição tem um impacto muito grande no funcionamento da tiroide já que intervêm:

  • Na síntese de hormonas pela tiroide
  • Na conversão da T4 (forma inativa) em T3 (forma ativa)
  • Na resposta imunitária: nutrientes

As causas para o desenvolvimento de doenças da tiróide são diversas e os sintomas podem ser muito inespecíficos, sendo por isso essencial a vigilância, em especial nas mulheres que têm um maior risco de desenvolver as patologias da tiroide e nas grávidas em que as alterações da tiróide têm um grande impacto no desenvolvimento fetal.

Quer saber mais? Quais os nutrientes que precisa, fontes alimentares ou se necessita suplementar?


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