A alimentação é essencial para a nossa sobrevivência e é determinante para a promoção de saúde e prevenção de diversas complicações de saúde. Isto porque os alimentos forrnecem-nos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento adequados, desde o momento em que estamos na barriga das nossas mães.
A evidência tem vindo a mostrar o impacto do estado nutricional da grávida na saúde do seu bebé a longo prazo e ainda nos seus efeitos transgeracionais.
Os primeiros 1000 dias, que correspondem ao período a partir do momento da concepção até aos 2 anos de vida de criança, é considerada com uma janela de oportunidade inigualável no desenvolvimento e crescimento. Nesse sentido, os nutrientes certos nos momentos certos desta janela de desenvolvimento poderão fazer a diferença no estado de saúde na idade adulta.
Sabia que nos primeiros 1000 dias de vida o cérebro se desenvolve mais do que em qualquer outra altura da vida?
Com a nutrição correta desde o início da vida poderá ser possível modular o risco de desenvolvimento de doenças na vida adulta, como doenças cardiovasculares, diabetes e cancro.
O leite materno contém toda a variedade de componentes essenciais para o adequado crescimento e desenvolvimento do recém-nascido.
É recomendado por entidades como a Organização Mundial de Saúde e ESPGHAN, a Sociedade Europeia de Gastroenterologia e Nutrição Pediátrica, o aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida, devendo ainda ser mantida durante a introdução da alimentação complementar e da introdução na dieta familiar (até aos 12 ou mesmo 24 meses de vida).
Caso não seja possível o aleitamento materno exclusivo, é essencial a utilização de formulas infantis como complementos ou alternativas.
Os efeitos positivos do aleitamento materno mantêm-se mesmo quando não é possível que seja exclusivo quando comparado a uma alimentação exclusiva com formula infantil.
Já foi demonstrado que o feto desenvolve preferência pelos sabores dos alimentos que são ingeridos durante a gravidez e que essas preferências perduram durante a infância.
Assim, quando for feita a introdução da alimentação complementar, a criança vai escolher os alimentos com os sabores aos quais está mais familiarizado.
Diferentes estudos revelam que os sabores dos alimentos percepcionados no ambiente intra-uterino e através do leite materno têm influência nas preferências alimentares da criança e a sublinhar mais uma vez a importância da alimentação na saúde do bebé.
A partir dos 6 meses o aleitamento materno ou as fórmulas infantis não são suficientes para suprir as necessidades nutricionais, por exemplo de minerais como o zinco, o ferro e o cobre e as vitaminas B1 e B3, e energéticas.
Torna-se assim necessária a introdução da alimentação complementar para garantir o fornecimento destes nutrientes.
É também a partir desta altura que se inicia o desenvolvimento motor, sensorial e dos diferentes órgãos e sistemas.
É aproximadamente no início dos 5 meses de vida que as funções gastrointestinais e renais estão amadurecidas de forma a permitir o processo de introdução de alimentos sólidos e líquidos, além do leite materno ou fórmula infantil.
E é aproximadamente no início dos 7 meses de vida que adquirem competências motoras necessárias que possibilitam a introdução de alimentos de forma segura.
Destacamos alguns indicadores de que o bebé poderá estar pronto para a diversificação alimentar, além da idade, são:
Diferentes fatores devem ser tidos em conta no momento da decisão da introdução da alimentação complementar. E reconhecer que cada bebé é diferente devido ao seu padrão de crescimento intra-uterino e nos primeiros meses de vida e tem a sua própria herança genética e é necessária uma avaliação individual de cada caso.
Contacte-nos para saber como a Dra. Çagla Sen, responsável pela criação do nosso Nordic Maternity Program, pode dar o apoio que precisa ou para marcar a sua consulta por email info@nordicclinic.pt ou ligue-nos 222 081 982.
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