Medicina Funcional

A medicina funcional coloca o paciente no centro e considera todos os aspectos da função do organismo em vez de um conjunto de sintomas de forma isolada. Esta abordagem pretende encontrar e tratar as causas das condições clínicas e não apenas os sintomas.


O que é a  Medicina Funcional?

A Medicina Funcional responde aos “porquês” – a busca pela causa raiz, isto é, a raiz de uma doença ou sintoma. Por que a pessoa ficou doente, tendo em consideração o seu conjunto genético individual, a sua história de vida e saúde, e o meio ambiente que a rodeia? Quais os fatores do estilo de vida que conduziram ao quadro clínico da pessoa. E, acima de tudo – como se relacionam todos estes fatores? O que influencia o bem-estar ou a possibilidade de recuperar de forma positiva ou negativa? 

A Medicina Funcional abstém-se da divisão do corpo em sistemas individuais, e vê-lo como uma grande unidade e reconhece as interações e interconexões entre os sistemas individuais. A Medicina Funcional reconhece a pessoa como um todo – saúde ou doença,do inglês “dis-ease”, ou seja, a ausência de bem-estar, é o resultado de muitos componentes diferentes. Não apenas da genética, mas também de fatores como nutrição, fatores psicoemocionais, atividade física e toxicidade, desempenham um papel fundamental na definição de como nos sentimos – bem ou desconfortáveis, saudáveis ​​ou doentes, energéticos ou letárgicos, entusiasmados ou stressados. 

Um aspecto essencial da Medicina Funcional é a abordagem da epigenética – as nossas decisões diárias influenciam a expressão dos nossos genes – com base nas nossas decisões e ações diárias, há ativação ou não de certos genes e, portanto, têm uma influência direta em todos os sistemas relevantes. Seja o sistema hormonal, imunológico, nervoso, digestivo, metabólico ou de desintoxicação.

Assim, a Medicina Funcional caracteriza-se por:

Consultas de maior duração. Em consulta, os nossos profissionais tendem a despender mais tempo com cada paciente, comparativamente com as consultas médicas convencionais. Reservamos tempo para nos prepararmos, para fazer perguntas e fazemos pesquisas para perceber de facto a história do paciente, a genética, a bioquímica, o estilo de vida, etc. As intervenções e seguimentos normalmente continuam até que o paciente atinja os seus objetivos. O tempo alargado com cada paciente permite criar maior empatia na relação paciente-profissional de saúde. O médico de cuidados de saúde primários, por outro lado, é muitas vezes pressionado pelo tempo e relata que não lhe é possível dedicar o tempo desejado a cada paciente.

Uso de testes genéticos e funcionais. Os testes são usados para perceber a composição física única de cada paciente e identificar as causas adjacentes. Usamos uma variedade de ferramentas para compreender onde poderão estar os problemas.

Uso de uma combinação de intervenções para restabelecer um estado de saúde óptimo. Tal poderá incluir tratamento farmacológico, assim como alterações nutricionais e de estilo de vida.

Uma abordagem colaborativa entre paciente e profissional. O paciente aprende a conhecer-se, o que irá ajudá-lo a fazer as escolhas certas e a manter um estado de saúde óptimo, da melhor forma para si e para a sua fisiologia.

A Medicina Funcional é apenas para pessoas com doenças crónicas?

Não. A Medicina Funcional pode ser aplicada de diversas formas. Não só para pacientes que sofram de alguma patologia e que queiram restabelecer o seu estado de saúde, mas também para otimizar o desempenho físico e mental e para prevenir a doença. Acreditamos que a medicina funcional será, inevitavelmente, uma parte integral no futuro dos cuidados de saúde – ambos para tratar e prevenir a doença.

Como saber se a Medicina Funcional é para mim?

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