Depressão e ansiedade são, juntamente com distúrbios de stress, os motivos mais comuns pelos quais os pacientes procuram atendimento. Uma ampla gama de causas foi descrita e acompanhamos a pesquisa de perto para melhor apoiar esse crescente grupo de pacientes.
Podemos ajudar nas seguintes condições:
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Em 2014, os dados sobre o consumo de psicofármacos evidenciavam um padrão elevado de consumo quer de ansiolíticos (24,3% das mulheres e 9,8% dos homens), quer de antidepressivos (13,2% das mulheres e 3,9% dos homens) na população geral (DGS – Saúde Mental em Números 2014). Além disso, vários estudos mostram que são fármacos de baixa eficácia e apresentam efeitos colaterais potencialmente graves.
Na Nordic Clinic, estabelecemos grandes ambições – queremos ser melhor sucedidos em relação aos cuidados de saúde convencionais, na melhoria da qualidade de vida deste grupo de pacientes. Acompanhamos as mais recentes pesquisas sobre patologias do foro psíquico e procupramos ampla e profundamente as possíveis causas associadas a cada caso.
Não há dúvida de que os fatores psicossociais têm um impacto profundo no nosso bem-estar mental. Os fatores psicossociais incluem a perda de um entre querido, stress ocupacional, desempenho, ostracismo e bullying, solidão involuntária e falta de apoio social ou ausência de sentido. O tempo de ecrã e o uso excessivo das redes sociais também constituem um aspecto importante. Mas, nos últimos anos, a visão da depressão afastou-se cada vez mais de um problema causado exclusivamente por fatores psicossociais. Os investigadores chegaram a conclusões fascinantes e importantes.
Quanto à depressão, investigadores concordar que esta ocorre quando proteínas inflamatórias passam a barreira hemato-encefálica. A inflamação pode surgir de diversas fontes. Esta é a razão mais provável pela qual a depressão ocorre tão comumente com outras doenças inflamatórias. Infelizmente este conhecimento raramente é usado.
Existe evidência científica vasta, direta e indireta, que mostrando que a inflamação causa depressão. Quando os investigadores administram lipopolissacarídeos pró-inflamatórios no sangue dos participantes do estudo, estes desenvolver subitamente sintomas de depressão. Além disso, quando pacientes com hepatite C são tratados com fármacos altamente pró-inflamatórios, contendo interferão, a depressão é efeito secundário comum – uma consequência directa do aumento da inflamação. Pessoas com depressão grave e resistente ao tratamento têm níveis mais elevados de citocinas pro-inflamatórias no sangue do que pessoas com depressão mais leve. Além disso, fármacos anti-inflamatórios como o ibuprofeno reduzem os sintomas de depressão.
Vários fatores podem estar a causar inflamação, que levará a condições psiquiátricas. As áreas de investigação mais recentes envolvem a função intestinal, e o nosso microbioma intestinal está no centro. Ansiedade, depressão e transtorno bipolar têm sido associados à nossa flora intestinal. Quando a barreira intestinal se torna hiperpermeável (um fenómeno também chamado de “intestino permeável”), as bactérias e as toxinas bacterianas passam pela barreira intestinal, onde encontram o sistema nervoso entérico e a circulação sanguínea. Essas bactérias e toxinas acabam por proliferar, despoletando a cascata inflamatória e a ativação das células do sistema imunológico, para destruí-las. Tal processo inflamatório, pode também afetar o cérebro. As infeções crónicas são potentes indutores de depressão e, para alguns pacientes, poderá recomendar-se um teste para avaliar a presença de infeção.
A atividade física é protetora da depressão. O exercício reduz a inflamação a longo prazo, reduzindo os níveis da molécula neurotóxica quinurenina, principalmente após o exerício aeróbico. O stress também contribui para a depressão, aumentando as citocinas pró-inflamatórias em circulação quando há exposição a situações causadoras de stress. No caso da obesidade, citocinas pro-inflamatórias são formadas no tecido adiposo, o que pode contribuir para a depressão.
É importante ter consciência de que os sintomas físicos são muitas vezes confundidos com sintomas psicológicos, uma vez que a sintomatologia se sobrepõe. Por exemplo, o hipotiroidismo pode causar sintomas depressivos, enquanto o hipertiroidismo pode, inversamente, causar ansiedade. Um milhão de portugueses sofre de desequilíbrios da tiróide (SNS, 2018). Frequentemente, os fármacos prescritos no hipotiroidismo são inadequados. Infelizmente, o mesmo tratamento pode causar sintoams de hipertiroidismo (como ansiedade), enquanto falha na solução de sintomas do hipotiroidismo.
Para resolver o problema, é crucial ouvir o paciente e tentar perceber se se está a lidar com depressão, dor ou tristeza. O que é que melhora o quadro e o que o torna mais marcado? Além disso, podemos avaliar o estilo de vida do paciente, stress, sono, alimentação e microbioma intestinal. Também podemos avaliar a deficiência de nutrientes específicos que são necessários para produzir ou degradar neurotransmissores no cérebro. Segundo alguns estudos, a deficiência de vitamina D também é um factor comum que pode contribuir para o desenvolvimento da depressão.
Na Nordic Clinic, consideramos diferentes aspectos da vida dos nossos pacientes e desenvolvemos planos terapêuticos individuais e personalizados. Quando necessário, prescrevemos testes laboratoriais que nos podem ajudar a encontrar pistas importantes. Quando apropriados, encaminhamos o paciente a um psicólogo. A nossa equipa em conjunto com o paciente, criam motivação para lidar com as mudanças necessárias no estilo de vida.
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