Nutrição após aborto

Sabia que entre 200 a 300 milhões de espermatozóides que são depositados no trato genital feminino, 2 a 3 milhões atingem o colo do útero e desses apenas 300 a 500 atingem o local de fecundação? E que apenas 1 fertiliza o ovócito? 

Os dados revelam que uma em cada dez gravidezes termina em aborto. Esta é das complicações mais comuns na gravidez e nem sempre é possível identificar a causa.


Passar por esta situação pode ser devastador e frustrante. Ter uma boa rede de apoio de profissionais, família e amigos é muito importante durante este período desafiante. 

Otimizar o estado nutricional para ajudar na recuperação e, se for o caso, preparar para uma nova gravidez é fundamental. 

Alguns dos nutrientes que se destacam são:

Ómega-3
Os ómega-3 são ácidos gordos essenciais. Isto significa que o organismo não é capaz de os sintetizar, pelo que é fundamental que sejam obtidos a partir da alimentação ou da suplementação. 
As formas biologicamente ativas dos ácidos gordos ómega-3 são o EPA e o DHA. 
No que diz respeito à gravidez, são vários os estudos que demonstram que os ácidos gordos ómega-3, em especial o DHA, são de extrema importância antes, durante a gestação e ainda na amamentação, tanto para a mãe como para o feto.

Vitamina B9
A vitamina B9 é um dos outros nutrientes essenciais, devendo ser ingerido através do alimentos ou suplementos. 
Na fase do planeamento da gravidez é importante para prevenir problemas de desenvolvimento associados às primeiras semanas de gestação. 
Esta vitamina pode existir sob estas duas formas:

  • Folato – ocorre naturalmente em alimentos como vegetais de folha verde, leguminosas, gema do ovo, fígado e frutas cítricas;
  • Ácido fólico – é a forma sintética e é utilizada para fortificar alimentos (como farinhas, pão, massa e etc.) e em suplementos.

No entanto nenhuma destas formas é utilizada diretamente pelo nosso organismo, sendo necessário uma série de reações enzimáticas para que isso ocorra.
Uma das enzimas chave deste processo é a  MTHFR.  Há variações genéticas desta enzima que fazem com que a sua função diminua, influenciando assim a quantidade de vitamina B9 que é aproveitada pelo organismo.
Conhecer o seu perfil genético relativamente à forma como usa a vitamina B9 permite entender qual a forma ideal para suplementar no planeamento de uma gravidez.

Vitamina D
A vitamina D é a responsável pela absorção de cálcio no intestino e contribui para o seu armazenamento nos ossos, estimulando as células que sintetizam o tecido ósseo e é importantíssima para a manutenção do sistema imunitário.
Esta vitamina é produzida pelo organismo através da exposição solar (sendo que é dependente da cor da pele, das horas do dia e ainda da localização geográfica) ou
através da ingestão de fontes alimentares, tais como: óleo de fígado de bacalhau, peixes gordos.
Níveis de adequados de vitamina D na gestação podem proteger contra o desenvolvimento de diabetes gestacional, pré-eclampsia, baixo peso do bebé ao nascer, infeções respiratórias e doenças alérgicas nos primeiros anos de vida do bebé.

Iodo
Tal como os ácidos gordos ómega-3 e vitamina B9 anteriormente referidos, o iodo também não é produzido pelo organismo,
Os alimentos fontes de iodo são: peixes, algumas hortícolas, algas e sal iodado.
Este é um nutriente chave para a síntese das hormonas da tiróide.
Na gravidez, as hormonas tiroideias são cruciais para o crescimento e desenvolvimento adequado, particularmente no desenvolvimento do sistema nervoso e cerebral do feto.
A suplementação é recomendada pela Direção de Geral de Saúde às mulheres em fase de pré-concepção, grávidas e lactentes.

É importante fazer uma dieta variada e adequada às suas necessidades e estado nutricional, devendo ser evitado uma alimentação restritiva. 
As recomendações relativamente ao consumo de álcool, fumo de tabaco, ingestão excessiva de cafeína mantêm-se, assim como um peso e de hábitos alimentares saudáveis.

Contacte-nos para saber como a Dra. Çagla Sen, responsável pela criação do nosso Nordic Maternity Program, pode dar o apoio que precisa nesta fase, através de:
E-mail info@nordicclinic.pt
Telefone: 222 081 982

Referências:

  • Sadler T, (2012) Langman´s Medical Embryology. 12th edition Philadelphia: Lippincott Williams and Wilkins. 
  • SNS
  • Marangoni, F., Cetin, I., Verduci, E., Canzone, G., Giovannini, M., Scollo, P., . . . Poli, A. (2016). Maternal Diet and Nutrient R 
  • Nutrition During Pregnancy. (Fevereiro de 2018). Obtido de The American College of Obstetricians and Gynecologists: https://www.acog.org/
  • Chang, C.-Y., Ke, D.-S., & Chen, J.-Y. (2009). Essential Fatty Acids and Human Brain. Acta neurologica Taiwanica.
  • Folic Acid. (Abril de 2018). Obtido de Centers for Disease Control and Prevention: https://www.cdc.gov/
  • Nair R, Maseeh A. (2012). Vitamin D: The “sunshine” vitamin. J Pharmacol Pharmacother.
  • Limbert et al. (2010). Iodine intake in Portuguese pregnant women: results of acountrywide study. European Society of Endocrinology.

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