Qual o impacto da alimentação na endometriose?

A endometriose é uma doença ginecológica que se caracteriza pela presença de tecido endometrial dentro da cavidade abdominal (peritoneu pélvico, ovários, bexiga, apêndice, intestinos, diafragma) ou, em casos mais raros, em órgãos como o pulmão, o nariz e a pele.


Está presente essencialmente em mulheres em idade fértil, atingindo cerca de 5% a 15% das mulheres desta faixa etária. Apenas 3% a 5% das mulheres em pós-menopausa apresentam endometriose.


Apesar de não existir um consenso quanto à origem desta doença, acredita-se que fatores genéticos, distúrbios imunológicos e disfunção endometrial possam contribuir para o seu aparecimento.


A cirurgia e a utilização de fármacos específicos é o tratamento de primeira linha da endometriose. Contudo, também a nutrição tem um papel importante não só na modulação hormonal como também na modulação da inflamação associadas a este desequilíbrio hormonal.

Sabia que o intestino está intimamente ligado com a forma como eliminamos os estrogénios? E que certos polimorfismos genéticos podem ter impacto na forma como os metabolizamos? E sabia que, no nosso dia-a-dia, podemos estar expostos a substâncias que mimetizam o efeito dos estrogénios no nosso organismo?


Quando pensamos em endometriose e de que forma a podemos controlar, temos de ter em conta todos estes fatores e por isso avaliar caso a caso para perceber exatamente por onde começar.


No que diz respeito à alimentação e nutrição, recomenda-se uma dieta com capacidade de modular as alterações hormonais e a inflamação presentes.


Um bom aporte de fibras para promover o bom funcionamento do intestino e em particular os vegetais da família das brássicas, por conterem compostos bioativos que favorecem a metabolização dos estrogénios.


Além das fibras, também os probióticos podem ter um efeito benéfico para o funcionamento intestinal.

Ómega-3, zinco, selénio e vitaminas C e E parecem exercer um papel importante no controlo da inflamação e na diminuição do stress oxidativo.


Por outro lado, desaconselha-se o consumo de açúcares e farinhas refinadas, de gorduras saturadas e trans e a ingestão de álcool e café em doses elevadas.


Em alguns casos, pode ser necessária a ingestão de certos nutrientes em doses mais elevadas sob a forma de suplementos, mas tal deverá ser sempre avaliado em consulta por um profissional de saúde qualificado como, médico ou nutricionista.

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A Drª Andreia Morim e o Dr Eduardo Coelho, com toda a equipa, estão à sua disposição.

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Referências:
(1) Antunes, B., Mação, N., Moreira, J., Ramos, A. (2018). Nutrição Funcional na Saúde da Mulher. Atheneu. Rio de Janeiro.
(2) Holford, P. (2011). Balance Your Hormones. Piatkus. London.
(3) Halpern G, Schor E, Kopelman A. Nutritional aspects related to endometriosis. Rev Assoc Med Bras (1992). 2015 Nov-Dec;61(6):519-23. doi: 10.1590/1806-9282.61.06.519. PMID: 26841161.

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