O momento da introdução da alimentação complementar pode ser desafiante e podem surgir muitas questões.
É de extrema importância garantir o aporte energético e de nutrientes nesta fase em que o leite materno ou a fórmula infantil não conseguem suprir as necessidades.
Esta também é uma altura excelente para treinar a aceitação dos diferentes sabores e texturas e implementar hábitos saudáveis que vão ficar para toda a vida.
Quando iniciar?
Nesta fase, é essencial respeitar o desenvolvimento neuromotor e que pode variar de bebé para bebé.
É aproximadamente no início dos 5 meses de vida que as funções gastrointestinais e renais estão amadurecidas de forma a permitir o processo de introdução de alimentos sólidos e líquidos, além do leite materno ou fórmula infantil. ⠀
E é aproximadamente no início dos 7 meses de vida que adquirem competências motoras necessárias que possibilitam a introdução de alimentos de forma segura.⠀
Saiba mais sobre os sinais de prontidão do bebé neste post.
Que alimentos não devem ser oferecidos na introdução da alimentação complementar?
O açúcar, o mel, as bebidas açucaradas ou sumos de fruta, o sal, alguns chás/infusões e alimentos processados como bolachas.
Que alimentos podem ser oferecidos na introdução da alimentação complementar?
Todos os alimentos, exceto os acima indicados, podem ser introduzidos na dieta do bebé de forma gradual.
Com que alimentos iniciar?
Pode se iniciar com o grupo de frutas e hortícolas pela sua riqueza nutricional e pelos seus benefícios na saúde.
De seguida pode ser feita a introdução do grupo dos cereais.
Importa referir que não há uma ordem especifica nos alimentos a introduzir destes grupos.
Devem-se variar nas cores e texturas oferecidas.
Quando introduzir o leite de vaca?
O leite de vaca não deve ser introduzida na dieta do bebé até aos 12 meses de idade.
Quando introduzir a proteína animal?
A partir dos 6 meses podem ser introduzidas fontes de proteína animal não láctea.
De uma forma geral inicia-se a introdução com carne brancas e posteriormente os peixes e carnes vermelhas.
É de referir a importância de variar os alimentos de forma oferecer 4 vezes por semana carne e 3 vezes por semana peixe.
Numa primeira fase deve-se complementar com o leite materno ou fórmula infantil, reduzindo depois de forma gradual destes em relação aos alimentos ingeridos pelo bebé.
E se a dieta for vegetariana?
Nesse caso, pode-se antecipar a introdução das leguminosas (ervilhas, feijão, grão de bico, favas, lentilhas, soja) para os 7 meses.
Importa referir que neste tipo de dieta é essencial o acompanhamento por um profissional de saúde de forma a garantir o aporte nutricional dos nutrientes para o adequado crescimento e desenvolvimento do bebé e que podem estar em carência neste tipo de dieta, nomeadamente a vitamina B12, a vitamina D, o ferro, o zinco, o cálcio e o iodo.
Poderá ser necessária a suplementação destes nutrientes e daí a importância da vigilância pelo profissional de saúde nestes casos.
Quando introduzir o ovo?
A partir dos 8-9 meses.
Deve-se ter em conta o risco de alergias associado e por isso a introdução deve ser feita de forma gradual, iniciando com a gema.
Quando introduzir oleaginosas e sementes?
Oleaginosas como nozes, avelãs, cajus, amêndoas e sementes como girassol, abóbora, linhaça e entre outros poderão ser oferecidos a partir dos 9 meses.
Numa fase inicial, estes alimentos devem ser sempre oferecidos triturados.
Quando introduzir a água?
A partir do momento que iniciar a introdução dos alimentos, em pequenas quantidades ao longo do dia.
A quantidade de alimentos oferecida deve aumentar gradualmente, assim como a textura dos alimentos.
A partir do primeiro ano de vida e após a introdução gradual de todos os alimentos, a dieta do bebé deve ser a mesma da família, baseando-se sempre em hábitos saudáveis e numa alimentação variada e equilibrada.
Receita para a primeira sopa do seu bebé:
Ingredientes:
Preparação:
Notas:
Neste artigo esclarecemos algumas das questões que mais surgem na fase da introdução da alimentação complementar, sempre com a ressalva de que esta informação não substitui de forma alguma o aconselhamento individualizado por um profissional de saúde.
Contacte-nos para saber como a Dra. Çagla Sen, responsável pela criação do nosso Nordic Maternity Program, pode dar o apoio que precisa nesta nova fase ou da vida da sua família, através de:
E-mail info@nordicclinic.pt
Telefone: 222 081 982.
Referências:
DGS, 2019
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