Dizem-nos que a obesidade é o resultado do balanço energético positivo entre as calorias consumidas e as calorias gastas e que o tratamento deve ser comer menos e gastar mais, mas será assim tão linear?
Fatores como a genética, o sono (ou a falta dele), o ambiente intra-uterino, a microbiota intestinal e ainda a exposição a disruptores endócrinos são alguns que aumentam o risco de obesidade, mas há mais.
Na Nordic Clinic consideramos que a gestão de peso vai muito mais além de um plano alimentar de restrição calórica e por isso desenvolvemos um programa que vai ao encontro dos objetivos de quem nos procura: Nordic Approach to Weigth Loss
Juntando a a experiência e os conhecimentos da equipa multidisciplinar e tendo por base a mais recente evidência científica, com este programa vai ter acesso a:
Consulta médica com o Dr. Eduardo Filipe Coelho
Consulta de nutrição com a Dra. Çagla Sen
1 treino experimental com o Professor Pedro Monteiro
Para mais informações, contacte-nos através de: info@nordicclinic.pt +351 222 081 982
Quando se toma a decisão de perder peso e se age nesse sentido, querem-se resultados imediatos. No entanto, resultados rápidos poderão comprometer os resultados a longo prazo e ter efeitos negativos na saúde.
Quando falamos de excesso ponderal e obesidade, a perda de peso (e a sua manutenção a longo prazo) são importantes para a melhoria da saúde em geral, destacando-se a redução na mortalidade e a diminuição do risco de desenvolver doenças como a hipertensão e a diabetes tipo 2.
Sabia que em Portugal os dados indicam uma prevalência do excesso de peso e da obesidade na ordem dos 40%?
Uma das estratégias mais comuns para a perda de peso é diminuir a ingestão calórica e aumentar o gasto energético através da prática de exercício físico.
Este tipo de estratégia poderá ter resultados numa fase inicial mas poderão surgir desafios na perda de peso a longo prazo ou após vários tentativas de perda de peso seguidos de ganho de peso.
É importante garantir um balanço energético negativo para o sucesso no processo da perda de peso. No entanto, outros fatores intervêm e poderão potenciar ou dificultar este processo, onde destacamos:
Susceptibilidades genéticas
Alterações hormonais, incluindo resistência à ação da insulina e biorritmo do cortisol
Inflamação crónica de baixo grau
Fatores ambientais
Quando falamos de flores ambientais, incluímos a exposição a tóxicos. Os poluentes orgânicos persistentes, designados por POP, são substâncias tóxicas que uma vez absorvidas, têm a capacidade de se acumularem nos tecidos gordos dos seres vivos. A sua metabolização e consequente eliminação é muito lenta nos humanos e pode demorar anos ou décadas. As fontes de exposição a estas substâncias são principalmente os alimentos e água contaminada.
Uma vez que estes compostos se acumulam no tecido adiposo, quando há eliminação/remoção da gordura corporal (quer seja pela perda de peso através de intervenção dietética ou de cirurgia bariátrica por exemplo), estes compostos são libertados na corrente sanguínea.
Estes compostos têm o potencial de causar alterações hormonais, alterações ao nível da imunidade, sistema reprodutor e dos sistemas metabólicos. Ao que parece, podem também estar implicados na diminuição do metabolismo energético, aumentando o risco de ganhar novamente o peso perdido. São ainda transferidos através do leite materno e da placenta e estas são consideradas das fases mais críticas no desenvolvimento da vida humana.
Estudos indicam que, quanto mais rápida a perda de peso, maior poderá ser a exposição a estas substâncias.
Diversas vitaminas e minerais intervêm no processo de desintoxicação do organismo e durante o processo de perda de peso, em especial para mulheres na fase de pré-concepção, torna-se extremamente importante:
Evitar deficiências nutricionais
Implementar estratégias para reduzir a exposição a este tipo de substâncias.
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