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Reprogramar

O acompanhamento de nutrição de 30 dias para quem quer melhorar o seu estado de saúde.

Durante um mês as nutricionistas Drª Andreia Morim e a Drª Çagla Sen da Nordic Clinic, vão dar-lhe todas as informações, ferramentas e dicas para otimizar os processos fisiológicos que permitirão Reprogramar o seu organismo de forma eficaz.

O plano tem por base a nutrição e alimentação, sendo a esta aliados outros pilares importantes como exercício físico, o sono e a gestão do stress. Poderá assim contar com uma abordagem 360 para que atinja os resultados a que se propôs!

Entre com o pé direito no ano de 2023!
É 100% online.

Inscrições em:

https://www.subscribepage.com/reprogramar

O plano inclui:

  • 4 ementas semanais
  • 4 ebooks com receitas
  • 4 aulas complementares exclusivas, onde vai poder aprender:

         > Noções básicas sobre nutrição: macro e micronutrientes e as suas funções no organismo

         > O que é a desintoxicação e como ocorre

          > Quais as fases da desintoxicação

         > Quais os nutrientes fundamentais para o processo de desintoxicação         

         > O que são fitonutrientes, a sua importância na desintoxicação e como podemos encontrá-los na nossa alimentação

         > Outros factores que têm impacto na desintoxicação: sono, exercício físico e relações sociais

  • Grupo restrito de interação entre os participantes
  • Lives semanais com as nutricionistas para Perguntas & Respostas e discussão dos resultados



E teremos mais surpresas!
Pode contactar-nos pelo info@nordicclinic.pt ou 222081982 e acompanhar-nos no nosso instagram @nordicclinicporto .

Dra Andreia Morim (Cédula nº 2297N, Certificada em Nutrição Funcional e Personalizada pela Nutriscience)

Drª Çagla Sen (Cédula nº 2298N, Certificada em Nutrição Funcional e Personalizada pela Nutriscience, Certificada no módulo de Appliyng Functional Medicine in Clinical Practice pelo IFM)


Fadiga Crónica? Causas e Sintomas

A Síndrome da Fadiga Crónica (SFC) é uma condição clínica que tem sido amplamente estudada nos últimos anos.


Esta condição caracteriza-se por uma sensação de fadiga permanente e debilitante durante pelo menos seis meses consecutivos e pode estar associada a outros sintomas, nomeadamente musculares, infecciosos e neuropsiquiátricos.


Sabe-se que prevalência de SFC é de 0,4% a 1% em todo o mundo e que afeta mais mulheres do que homens, mas a sua patogénese ainda não é claramente conhecida, pensando tratar-se de uma condição clínica multifatorial.


Estudos revelaram algumas causas que poderão estar na base desta condição:
– Alterações ao nível do sistema imunitário e da ativação permanente do mesmo
– Disfunção do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA)
– Stress emocional
– Presença de infeções microbianas (vírus Epstein-Barr, enterovírus, Chlamydia pneumoniae)
– Exposição a organofosfatos químicos e outras toxinas ambientais

O papel da exposição a toxinas ambientais no desenvolvimento da SFC foi documentado e existem evidências que revelaram um nível superior de organofosfatos no sangue de indivíduos com SFC comparado com os indivíduos do grupo controlo.

Além disso, a literatura sugere uma associação entre uma desintoxicação ineficaz com a SFC e outras patologias como o cancro, a doença de Parkisnon e a fibromialgia.

Assim, garantir um funcionamento adequado e eficaz do processo de desintoxicação pode ser benéfico nestes casos.

Sabia que a desintoxicação é um processo dependente de nutrientes? E que existem vias de desintoxicação específicas que podem ser induzidas ou inibidas de acordo com a presença de certos compostos alimentares?

Além disso, fatores genéticos também podem alterar o funcionamento das vias de desintoxicação exigindo uma intervenção individualizada e personalizada para otimização dessas vias.



Referências:
Devanur LD, Kerr JR. Chronic fatigue syndrome. J Clin Virol. 2006 Nov;37(3):139-50. doi: 10.1016/j.jcv.2006.08.013. Epub 2006 Sep 15. PMID: 16978917.
Liska DJ. The detoxification enzyme systems. Altern Med Rev. 1998 Jun;3(3):187-98. PMID: 9630736.
Finsterer J, Mahjoub SZ. Fatigue in healthy and diseased individuals. Am J Hosp Palliat Care. 2014 Aug;31(5):562-75. doi: 10.1177/1049909113494748. Epub 2013 Jul 26. PMID: 23892338.

Efeitos negativos da perda de peso rápida

Quando se toma a decisão de perder peso e se age nesse sentido, querem-se resultados imediatos. No entanto, resultados rápidos poderão comprometer os resultados a longo prazo e ter efeitos negativos na saúde. 

Quando falamos de excesso ponderal e obesidade, a perda de peso (e a sua manutenção a longo prazo) são importantes para a melhoria da saúde em geral, destacando-se a redução na mortalidade e a diminuição do risco de desenvolver doenças como a hipertensão e a diabetes tipo 2.

Sabia que em Portugal os dados indicam uma prevalência do excesso de peso e da obesidade na ordem dos 40%?

Uma das estratégias mais comuns para a perda de peso é diminuir a ingestão calórica e aumentar  o gasto energético através da prática de exercício físico. 


Este tipo de estratégia poderá ter resultados numa fase inicial mas poderão surgir desafios na perda de peso a longo prazo ou após vários tentativas de perda de peso seguidos de ganho de peso. 

É importante garantir um balanço energético negativo para o sucesso no processo da perda de peso. No entanto, outros fatores intervêm e poderão potenciar ou dificultar este processo, onde destacamos:

  • Susceptibilidades genéticas
  • Alterações hormonais, incluindo resistência à ação da insulina e biorritmo do cortisol
  • Inflamação crónica de baixo grau
  • Fatores ambientais

Quando falamos de flores ambientais, incluímos a exposição a tóxicos.
Os poluentes orgânicos persistentes, designados por POP, são substâncias tóxicas que uma vez absorvidas, têm a capacidade de se acumularem nos tecidos gordos dos seres vivos. A sua metabolização e consequente eliminação é muito lenta nos humanos e pode demorar anos ou décadas. 
As fontes de exposição a estas substâncias são principalmente os alimentos e água contaminada. 

Uma vez que estes compostos se acumulam no tecido adiposo, quando há eliminação/remoção da gordura corporal (quer seja pela perda de peso através de intervenção dietética ou de cirurgia bariátrica por exemplo), estes compostos são libertados na corrente sanguínea.

Estes compostos têm o potencial de causar alterações hormonais, alterações ao nível da imunidade, sistema reprodutor e dos sistemas metabólicos. 
Ao que parece, podem também estar implicados na diminuição do metabolismo energético, aumentando o risco de ganhar novamente o peso perdido. São ainda transferidos através do leite materno e da placenta e estas são consideradas das fases mais críticas no desenvolvimento da vida humana. 

Estudos indicam que, quanto mais rápida a perda de peso, maior poderá ser a exposição a estas substâncias. 

Diversas vitaminas e minerais intervêm no processo de desintoxicação do organismo e durante o processo de perda de peso, em especial para mulheres na fase de pré-concepção, torna-se extremamente importante:

  • Evitar deficiências nutricionais
  • Implementar estratégias para reduzir a exposição a este tipo de substâncias. 

Referências:

Cheikh Rouhou M, Karelis AD, St-Pierre DH, Lamontagne L. Adverse effects of weight loss: Are persistent organic pollutants a potential culprit? Diabetes Metab. 2016 Sep;42(4):215-23. doi: 10.1016/j.diabet.2016.05.009. Epub 2016 Jun 16. PMID: 27321206.

Dirinck E, Dirtu AC, Jorens PG, Malarvannan G, Covaci A, Van Gaal LF. Pivotal Role for the Visceral Fat Compartment in the Release of Persistent Organic Pollutants During Weight Loss. J Clin Endocrinol Metab. 2015 Dec;100(12):4463-71. doi: 10.1210/jc.2015-2571. Epub 2015 Oct 15. PMID: 26469381.

Direção Geral de Saúde

Hong NS, Kim KS, Lee IK, Lind PM, Lind L, Jacobs DR, Lee DH. The association between obesity and mortality in the elderly differs by serum concentrations of persistent organic pollutants: a possible explanation for the obesity paradox. Int J Obes (Lond). 2012 Sep;36(9):1170-5. doi: 10.1038/ijo.2011.187. Epub 2011 Sep 27. PMID: 21946706.

Jansen A, Berg JP, Klungsøyr O, Müller MHB, Lyche JL, Aaseth JO. The Influence of Persistent Organic Pollutants on Thyroidal, Reproductive and Adrenal Hormones After Bariatric Surgery. Obes Surg. 2020 Apr;30(4):1368-1378. doi: 10.1007/s11695-019-04273-w. PMID: 31721064.

Jansen A, Lyche JL, Polder A, Aaseth J, Skaug MA. Increased blood levels of persistent organic pollutants (POP) in obese individuals after weight loss-A review. J Toxicol Environ Health B Crit Rev. 2017;20(1):22-37. doi: 10.1080/10937404.2016.1246391. Epub 2017 Jan 4. PMID: 28051929.

Sargis RM, Heindel JJ, Padmanabhan V. Interventions to Address Environmental Metabolism-Disrupting Chemicals: Changing the Narrative to Empower Action to Restore Metabolic Health. Front Endocrinol (Lausanne). 2019 Feb 4;10:33. doi: 10.3389/fendo.2019.00033. PMID: 30778334; PMCID: PMC6369180.

Shan Q, Li H, Chen N, Qu F, Guo J. Understanding the Multiple Effects of PCBs on Lipid Metabolism. Diabetes Metab Syndr Obes. 2020 Oct 13;13:3691-3702. doi: 10.2147/DMSO.S264851. PMID: 33116719; PMCID: PMC7568599.

Sabia que idealmente o seu intestino deveria funcionar 1 a 2 vezes por dia?

E que as suas fezes deveriam ter uma consistência macia e suave (tipo 4 na escala de Bristol)?

Stool Bristol Chart

Quando tal não acontece e há uma alteração da consistência das fezes e/ou uma diminuição do número de evacuações diárias, podemos estar perante um caso de obstipação.


Em teoria, a obstipação define-se quando um indivíduo apresenta menos de três movimentos intestinais por semana. Contudo, há indivíduos que sofrem de obstipação por apresentarem fezes duras e secas, por sentirem dor ao evacuar ou por apresentarem uma sensação de evacuação incompleta, ainda que o seu intestino funcione todos os dias.

Existem vários fatores que podem contribuir para a obstipação, nomeadamente:
– Idade
– Alterações hormonais, principalmente no caso das mulheres
– Hábitos alimentares inadequados
– Utilização de determinados medicamentos
– Desidratação
– Stress


Sabia que o intestino é um dos principais órgãos envolvidos no processo de desintoxicação?


Depois de, no fígado, as toxinas serem transformadas em substâncias hidrossolúveis, possíveis de serem eliminadas, é necessário assegurar que estas são de facto eliminadas através das fezes.


Assim, quando o intestino não funciona devidamente a excreção de toxinas é limitada, podendo estas substâncias ser reabsorvidas e acumuladas no organismo.


Se este é o seu caso, investir em estratégias que tenham em vista a melhoria do funcionamento do intestino deverá ser uma prioridade.
Por exemplo, aumentar a ingestão de alimentos ricos em fibra pode ser uma das formas para melhorar o trânsito intestinal e, consequentemente, otimizar o seu processo de biotransformação.


Existem dois tipos de fibras, de acordo com a sua capacidade de se dissolverem na água:
– Fibras solúveis como é o caso da cenoura, do chuchu, da abóbora, da maçã sem casca, etc.
– Fibras insolúveis como por exemplo os espinafres, os grelos, a couve portuguesa, a laranja, etc.

A recomendação para o consumo de fibra é de pelo menos 25g/dia mas, apesar de esta recomendação poder ser uma ajuda, poderão existir casos mais específicos que obriguem a uma avaliação e a um estudo mais personalizados.


Referências:
The Institute for Functional Medicine
Continence Foundation of Australia

Lewis, S. J., & Heaton, K. W. (1997). Stool Form Scale as a Useful Guide to Intestinal Transit Time. Scandinavian Journal of Gastroenterology, 32(9), 920–924. doi:10.3109/00365529709011203

Bharucha, A. E., Dorn, S. D., Lembo, A., & Pressman, A. (2013). American Gastroenterological Association Medical Position Statement on Constipation. Gastroenterology, 144(1), 211–217. doi:10.1053/j.gastro.2012.10.029

Cleveland Clinic

Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável – Direcção Geral da Saúde

Desintoxicação: solução para todos os excessos ou essencial para a saúde?

Detox, desintoxicação, ou biotransformação: um processo essencial para o bom funcionamento do organismo.

A desintoxicação, ou biotransformação como também pode ser denominada, é o processo metabólico que facilita a excreção substâncias exógenas e endógenas. É essencial para o bom funcionamento do organismo uma vez que permite a transformação de:

  • Compostos absorvidos pelo organismo em substratos que este possa utilizar;
  • Compostos tóxicos para a sua forma menos nociva para o organismo.

Ao falar na desintoxicação, fazemos a associação imediata ao fígado. Efetivamente, este é um processo que ocorre principalmente no fígado mas também nos rins, no intestino grosso, no sistema linfático e nas glândulas sudoríparas, de forma contínua e o organismo trabalha diariamente de forma a manter o seu bom funcionamento. 

A desintoxicação ocorre em duas fases: a fase I e a fase II. Depois de, na fase I, as toxinas serem transformadas em metabólitos mais tóxicos é necessário que o nosso organismo os consiga transformar, através de reações de conjugação, em compostos hidrossolúveis para que possam finalmente ser eliminados. A este processo chamamos de fase II da desintoxicação hepática.

O fornecimento constante de aminoácidos, vitaminas B2, B3, B6, B9, B12 e flavonóides é essencial para que a desintoxicação ocorra. 

A evidência científica tem demonstrado a ligação entre a exposição a toxinas e o seu impacto na incidência de diferentes condições de saúde, como: doenças cardíacas, cancro, asma, doença de Parkinson, défice de atenção em crianças, entre outros.

Quando falamos em toxinas, estas podem ser ser exógenas (pesticidas, poluentes, metais pesados e etc.) ou endógenas (hormonas, bactérias intestinais e etc.).

A genética pode ser um dos fatores determinantes na capacidade de desintoxicação do organismo. Além disso, outros fatores como a idade, o sexo, o estado nutricional e a microbiota intestinal também podem ter um impacto.

Infelizmente, não é a restrição temporária ou a ingestão de sumos verdes por 1 ou 2 dias após um período de excessos, como acontece nas festas, que “desintoxica”. O corpo precisa muito mais do que esse curto período e isso passa por:

  • Garantir o fornecimento de todos os nutrientes que são de extrema importância, de forma a estar num estado nutricional ótimo;
  • Mudanças no estilo de vida, como prática de exercício físico regular e bons hábitos de sono.

Referências:

Phang-Lyn S, Llerena VA. Biochemistry, Biotransformation. [Updated 2020 Sep 2]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2021 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK544353/

The Institute for Functional Medicine

The public health impact of chemicals: knowns and unknowns, WHO, 2016

Swanson HI. Drug Metabolism by the Host and Gut Microbiota: A Partnership or Rivalry? Drug Metab Dispos. 2015 Oct;43(10):1499-504. doi: 10.1124/dmd.115.065714. Epub 2015 Aug 10. PMID: 26261284; PMCID: PMC4576677.

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