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Como recuperar o equilíbrio hormonal através da alimentação?

O que são hormonas e qual o seu papel? Hormonas são mensageiros químicos que fazem parte de uma orquestra perfeita capaz de assegurar inúmeras funções do organismo. São essenciais para diferentes processos fisiológicos como a digestão, o metabolismo, o crescimento e a reprodução e quando, por algum motivo interno ou externo, não estão em equilíbrio podem manifestar alguns sinais no organismo tais como:

  • Aumento/perda de peso
  • Fadiga
  • Queda de cabelo
  • Alterações de humor
  • Alterações do ciclo menstrual
  • Baixa líbido
  • Alterações do padrão do sono
  • Acne

Quais são e como se agrupam?No nosso organismo são produzidas várias hormonas diferentes que, de acordo com o local onde são produzidas, podem ser agrupadas da seguinte forma:

  • Hormonais adrenais
    • Adrenalina
    • Noradrenalina
    • Cortisol
    • Aldoesterona
    • DHEA
  • Hormonas hipofisárias
    • Hormona de crescimento
    • Prolactina
    • TSH
    • FSH
    • LH
  • Hormonas tiroideas
    • T3
    • T4
  • Hormonas sexuais
    • Estrogénios
    • Progesterona
    • Testosterona

Qual o papel da nutrição na saúde hormonal? Quando falamos em saúde hormonal, reconhecemos que a nutrição tem um papel importante em praticamente todas as fases por que passam as hormonas, desde a sua produção até à sua eliminação. Mas vamos começar pelo início.

Sabia que o colesterol é uma peça chave para a produção de algumas hormonas, nomeadamente do cortisol (vulgarmente conhecido como hormona do stress) ou de hormonas sexuais como a testosterona ou os estrogénios?

É comum vermos diferentes referências ao papel do colesterol nas doenças cardiovasculares que, em excesso, pode de facto contribuir para uma maior incidência desse grupo de doenças. No entanto, o colesterol não pode nem deve ser visto apenas como o “mau da fita” na saúde, dada a sua importância para o equilíbrio hormonal.Níveis baixos de colesterol podem causar bloqueios na cascata da produção de determinadas hormonas, que dão origem a desequilíbrios hormonais capazes de causar sintomas como por exemplo alteração dos ciclos menstruais e até mesmo infertilidade.Por outro lado, a produção hormonal pode ser afetada por substâncias externas presentes tanto no meio ambiente como em alimentos, produtos de limpeza ou cosméticos. A essas substâncias chamamos de disruptores endócrinos, que são agentes químicos que interferem na síntese, secreção, transporte, ligação ou eliminação de hormonas e que, nos últimos anos, têm sido associados a uma maior incidência de puberdade precoce, perdas gestacionais e outras alterações que afetam a saúde reprodutiva. 


Alguns exemplos de disruptores endócrinos são:

  • Bisfenol A presente por exemplo nas garrafas de plástico
  • Ftalatos presentes nos produtos de cosmética
  • Dioxinas presentes no solo, ar e em alguns alimentos

Limitar a exposição a estas substâncias através do consumo de alimentos biológicos, livres de pesticidas, ou através da utilização de cosméticos mais naturais pode ser uma boa estratégia para quem procura recuperar o seu equilíbrio hormonal.


A importância do fígado na saúde hormonal: Já ouviu falar sobre dominância estrogénica?

A dominância estrogénica trata-se de um desequilíbrio hormonal caracterizado por uma maior dominância dos níveis de estrogénio face aos níveis de progesterona. Quando tal acontece, pode causar diferentes sintomas como tensão mamária, aparecimento de quistos nas mamas, diminuição da líbido, acumulação de gordura corporal especialmente na zona das ancas, entre outros. No caso de algumas doenças, como a endometriose ou o cancro da mama hormono-dependente, também existe dominância estrogénica.É no fígado que ocorre a desintoxicação dos estrogénios. Assim, percebe-se que suportar o bom funcionamento hepático e garantir que a desintoxicação ocorre de forma adequada e eficaz é essencial para manter o equilíbrio hormonal e diminuir os sintomas. Aumentar o consumo de vegetais da família das brássicas como os brócolos, os rabanetes, as couves-de-bruxelas, as couves-flor, etc. que facilita a metabolização dos estrogénios, pode ser uma estratégia. Também o magnésio e algumas vitaminas do complexo B têm um papel importante na desintoxicação dos estrogénios a nível hepático e devemos por isso assegurar sempre níveis adequados destes nutrientes.


O papel do intestino: Sabemos que o intestino tem um papel fundamental para a saúde em geral, quer seja no funcionamento do sistema imunitário, quer na comunicação que faz com o nosso cérebro ou, igualmente importante, por ser o local preferencial de absorção dos nutrientes que estão presentes nos alimentos que ingerimos.

Mas sabia que o intestino também contribui para o equilíbrio hormonal?

É no intestino que, através das fezes, ocorre a eliminação dos estrogénios. Quando o intestino está saudável, essa eliminação ocorre sem dificuldade. Contudo, quando existe alguma alteração do trânsito intestinal, um aumento da permeabilidade intestinal ou alguma condição clínica intestinal mais específica, tal pode não acontecer. Nestes casos, os estrogénios que foram conjugados no fígado para poderem ser eliminados, são desconjugados e voltam a ser absorvidos para corrente sanguínea. Começa aí um novo ciclo dos estrogénios que deveriam ter sido eliminados e que, não sendo, podem contribuir para um aumento dos níveis destas hormonas causando um desequilíbrio a este nível.

Sabemos que trabalhar na saúde hormonal pode ser um verdadeiro quebra-cabeças pela quantidade de variáveis que temos de ter em conta e compreendemos que atingir o equilíbrio hormonal pode ser um grande desafio.

Na Nordic Clinic a nossa missão é ajudá-la a alcançar esse objetivo e compreender as fragilidades que poderão estar a boicotar o processo.Se gostaria de recuperar o seu equilíbrio hormonal e está à procura de ajuda profissional nesse sentido, saiba que temos à sua disposição profissionais especializados que a poderão ajudar. Esperamos por si?

Referências:
https://opentextbc.ca/biology/chapter/18-1-types-of-hormones/
https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/dioxinas-e-pcb-o-que-sao-e-onde-estao.aspx
Samavat, H., & Kurzer, M. S. (2015). Estrogen metabolism and breast cancer. Cancer letters356(2 Pt A), 231–243. https://doi.org/10.1016/j.canlet.2014.04.018
Kitawaki, J., Kado, N., Ishihara, H., Koshiba, H., Kitaoka, Y., & Honjo, H. (2002). Endometriosis: the pathophysiology as an estrogen-dependent disease. The Journal of steroid biochemistry and molecular biology, 83(1), 149-155.
Laschke MW, Menger MD. The gut microbiota: a puppet master in the pathogenesis of endometriosis? Am J Obstet Gynecol. 2016 Jul;215(1):68.e1-4. doi: 10.1016/j.ajog.2016.02.036. PubMed PMID: 26901277.

Magnésio: o seu papel na saúde e em que medida pode ajudar em casos de endometriose?

O magnésio é um mineral conhecido essencialmente pela sua ação importante no relaxamento muscular e na otimização da função cerebral.

Contudo, seria bastante redutor limitar o magnésio a estas duas funções. Até ao momento, de acordo com a evidência científica, sabe-se que o magnésio é cofactor de mais de 300 enzimas que regulam diferentes reações bioquímicas, tornando-se, portanto, essencial para o bom funcionamento do organismo em geral.


Das inúmeras funções do magnésio no organismo, destacamos algumas:
– Ajuda na regulação dos níveis de açúcar no sangue e de insulina
– Participa na síntese proteica
– Tem um efeito calmante
– Regula os níveis de cálcio, importante para a manutenção da saúde óssea- Participa no processo de obtenção de energia, em particular na síntese de ATP
– Tem um efeito positivo em casos de hipertensão
– Ajuda na contração muscular e cardíaca, sendo importante para a saúde cardiovascular
– É cofator na conversão de vitamina D para a sua forma mais ativa- Participa na síntese de melatonina, contribuindo a melhoria do padrão de sono
– Participa na produção de neurotransmissores como a serotonina
Nos casos de endometriose, o magnésio parece ter um papel igualmente importante.


A endometriose é uma doença inflamatória, dependente de estrogénio, que se caracteriza pela presença de tecido endometrial fora do útero e que afeta cerca de 10-15% das mulheres em idade fértil.


Um dos sintomas mais comuns da doença é a dor pélvica, o que faz com que muitas mulheres que sofrem de endometriose vejam a sua qualidade de vida ser diminuída devido à dor que sentem, não só durante a menstruação como também ao longo de todo o ciclo. Assim, um dos principais objetivos do tratamento da doença é o controlo da dor.

Devido à sua ação relaxante muscular, o magnésio parece ter um impacto positivo no controlo da dor e das cólicas menstruais.

Além disso, a ingestão de níveis mais elevados de magnésio parece estar associada a níveis mais baixos de marcadores inflamatórios como a interleucina-6, tendo um efeito benéfico na modulação da inflamação característica da endometriose.

Por ser um nutriente importante no processo de eliminação de toxinas e de estrogénios, pode também ajudar a regular os níveis de estrogénio no organismo.

A dose diária recomendada de magnésio é:
– Crianças (até aos 13 anos): 75mg-240mg
– Adolescentes (dos 14 aos 18 anos)
– Homens: 410mg
– Mulheres: 360mg
Adultos (a partir dos 19 anos)
– Homens: 400mg a 420mg
– Mulheres: 310mg a 320mg

No entanto, tal como outros minerais e vitaminas, o magnésio é um nutriente “consumível” pelo que as suas necessidades variam ao longo da vida, devido a fatores como a idade, género, condições clínicas específicas (ex: diabetes mellitus tipo 2), toma de determinados medicamentos (ex: certos protetores gástricos) ou em casos em que as necessidades estão aumentadas (ex: gravidez ou amamentação).

Assim,  em alguns casos, pode ser necessário garantir o aporte adequado de magnésio através da suplementação.

Existem diferentes tipos de suplementos de magnésio disponíveis no mercado: óxido de magnésio, citrato de magnésio, magnésio bisglicinato, entre outras. Por isso, na hora de escolher o suplemento é necessário avaliar não só a dose como o tipo de magnésio e o objetivo da toma.
Alguns estudos mostraram que o magnésio nas formas de aspartato, citrato, lactato e cloreto é melhor absorvido e é mais biodisponível do que o óxido de magnésio e o sulfato de magnésio.

Assim, caso esteja a considerar fazer suplementação com magnésio, procure um profissional de saúde qualificado, que possa orientar na dose e na formulação de magnésio mais adequada para si.

Contacte-nos para saber como a Drª Andreia Morim pode dar o apoio que precisa ou para marcar a sua consulta por email info@nordicclinic.pt ou ligue-nos 222 081 982.

Referências:
Boyle NB, Lawton C, Dye L. The Effects of Magnesium Supplementation on Subjective Anxiety and Stress-A Systematic Review. Nutrients. 2017 Apr 26;9(5):429. doi: 10.3390/nu9050429. PMID: 28445426; PMCID: PMC5452159.
Volpe SL. Magnesium in disease prevention and overall health. Adv Nutr. 2013 May 1;4(3):378S-83S. doi: 10.3945/an.112.003483. PMID: 23674807; PMCID: PMC3650510.
Houston M. The role of magnesium in hypertension and cardiovascular disease. J Clin Hypertens (Greenwich). 2011 Nov;13(11):843-7. doi: 10.1111/j.1751-7176.2011.00538.x. Epub 2011 Sep 26. PMID: 22051430.
Antunes, B., Mação, N., Moreira, J., Ramos, A. (2018). Nutrição Funcional na Saúde da Mulher. Atheneu. Rio de Janeiro.
https://ods.od.nih.gov/factsheets/Magnesium-HealthProfessional/
Harris HR, Chavarro JE, Malspeis S, Willett WC, Missmer SA. Dairy-food, calcium, magnesium, and vitamin D intake and endometriosis: a prospective cohort study. Am J Epidemiol. 2013 Mar 1;177(5):420-30. doi: 10.1093/aje/kws247. Epub 2013 Feb 3. PMID: 23380045; PMCID: PMC3626048.

Qual o impacto da alimentação na endometriose?

A endometriose é uma doença ginecológica que se caracteriza pela presença de tecido endometrial dentro da cavidade abdominal (peritoneu pélvico, ovários, bexiga, apêndice, intestinos, diafragma) ou, em casos mais raros, em órgãos como o pulmão, o nariz e a pele.


Está presente essencialmente em mulheres em idade fértil, atingindo cerca de 5% a 15% das mulheres desta faixa etária. Apenas 3% a 5% das mulheres em pós-menopausa apresentam endometriose.


Apesar de não existir um consenso quanto à origem desta doença, acredita-se que fatores genéticos, distúrbios imunológicos e disfunção endometrial possam contribuir para o seu aparecimento.


A cirurgia e a utilização de fármacos específicos é o tratamento de primeira linha da endometriose. Contudo, também a nutrição tem um papel importante não só na modulação hormonal como também na modulação da inflamação associadas a este desequilíbrio hormonal.

Sabia que o intestino está intimamente ligado com a forma como eliminamos os estrogénios? E que certos polimorfismos genéticos podem ter impacto na forma como os metabolizamos? E sabia que, no nosso dia-a-dia, podemos estar expostos a substâncias que mimetizam o efeito dos estrogénios no nosso organismo?


Quando pensamos em endometriose e de que forma a podemos controlar, temos de ter em conta todos estes fatores e por isso avaliar caso a caso para perceber exatamente por onde começar.


No que diz respeito à alimentação e nutrição, recomenda-se uma dieta com capacidade de modular as alterações hormonais e a inflamação presentes.


Um bom aporte de fibras para promover o bom funcionamento do intestino e em particular os vegetais da família das brássicas, por conterem compostos bioativos que favorecem a metabolização dos estrogénios.


Além das fibras, também os probióticos podem ter um efeito benéfico para o funcionamento intestinal.

Ómega-3, zinco, selénio e vitaminas C e E parecem exercer um papel importante no controlo da inflamação e na diminuição do stress oxidativo.


Por outro lado, desaconselha-se o consumo de açúcares e farinhas refinadas, de gorduras saturadas e trans e a ingestão de álcool e café em doses elevadas.


Em alguns casos, pode ser necessária a ingestão de certos nutrientes em doses mais elevadas sob a forma de suplementos, mas tal deverá ser sempre avaliado em consulta por um profissional de saúde qualificado como, médico ou nutricionista.

Sabia que temos o Nordic Women’s Health à sua disposição?
Quer saber mais?
A Drª Andreia Morim e o Dr Eduardo Coelho, com toda a equipa, estão à sua disposição.

info@nordicclinic.pt 
+351 222 081 982
@nordicclinicporto

Referências:
(1) Antunes, B., Mação, N., Moreira, J., Ramos, A. (2018). Nutrição Funcional na Saúde da Mulher. Atheneu. Rio de Janeiro.
(2) Holford, P. (2011). Balance Your Hormones. Piatkus. London.
(3) Halpern G, Schor E, Kopelman A. Nutritional aspects related to endometriosis. Rev Assoc Med Bras (1992). 2015 Nov-Dec;61(6):519-23. doi: 10.1590/1806-9282.61.06.519. PMID: 26841161.

Como conseguir um peso saudável com Síndrome dos Ovários Poliquísticos?

O excesso de peso é uma das manifestações clínicas mais comuns nas mulheres com Síndrome dos Ovários Poliquísticos. A percentagem de mulheres com SOP e excesso de peso ou obesidade ronda os 40-60% e por isso uma das abordagens terapêuticas de primeira linha para estas mulheres é a gestão do peso.


Contudo, nem sempre esta gestão é fácil. Muitas destas mulheres sentem que estão permanentemente em dieta sem nunca obter os resultados desejados ou então, quando conseguem alcançar esses resultados, dificilmente os conseguem manter durante muito tempo.

A verdade é que dietas hipocalóricas nem sempre funcionam para as mulheres com SOP.


A SOP é um desequilíbrio hormonal que está fortemente associado a oscilações significativas dos níveis de açúcar no sangue e à resistência à ação da insulina (uma hormona responsável por manter os níveis de açúcar no sangue estáveis).


Imagine o seguinte cenário: alguém lhe sussurra ao ouvido e mesmo baixinho consegue ouvir e perceber o que essa pessoa lhe está a dizer. Isso é sinal de que os seus ouvidos funcionam bem. Por outro lado, se alguém lhe sussurra ao ouvido e não consegue perceber o que essa pessoa está a dizer, é sinal de que os seus ouvidos já não estão a funcionar tão bem.


Com a insulina acontece o mesmo. As células são os seus ouvidos e a insulina é o mensageiro que quer informar as suas células de que há açúcar disponível no sangue para entrar. Se as suas células não ouvirem bem a insulina, esse açúcar não entra e a concentração dos níveis de açúcar no sangue aumenta, podendo levar ao aumento de peso e ao aparecimento de diabetes mellitus tipo 2 em casos mais graves.
Assim, melhorar a resistência à insulina é considerada uma das abordagens nutricionais mais importantes na gestão do peso para as mulheres com SOP.


Um artigo de revisão refere que dietas de baixo índice glicémico em mulheres com SOP foram associadas a:
– Menor resistência à insulina
– Menor risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2
– Menor risco cardiovascular
– Menor risco de cancro do ovário, endométrio e mama
– Melhoria do perfil hormonal


O mesmo artigo sugere ainda que o tipo de hidratos de carbono ingeridos tem um papel mais importante na saúde metabólica do que propriamente a quantidade deste tipo de nutrientes.


Ou seja, o segredo para um peso saudável nas mulheres com SOP não está apenas nas calorias ingeridas mas, acima de tudo, no tipo de alimentos que consome.


Referências:
(1) Antunes, B., Mação, N., Moreira, J., Ramos, A. (2018). Nutrição Funcional na Saúde da Mulher. Atheneu. Rio de Janeiro.
(2) Faghfoori Zeinab, Fazelian Siavash, Shadnoush Mahdi, Goodarzi Reza.Nutritional management in women with polycystic ovary syndrome: A review study.Diabetes and Metabolic Syndrome: Clinical Research and Reviews http://dx.doi.org/10.1016/j.dsx.2017.03.030
(3) Holford, P. (2011). Balance Your Hormones. Piatkus. London.

Nordic Women’s Health

Cada mulher é única.

Ao longo da vida, a mulher é sujeita a várias flutuações hormonais, algumas delas que se tornam marcos importantes, como é o caso da puberdade, da gravidez ou da menopausa. Estas flutuações hormonais são fisiológicas. Fazem parte de um conjunto de características específicas do organismo da mulher, que lhe permite desempenhar funções próprias, como a capacidade de se reproduzir.

Contudo o aparecimento de desequilíbrios hormonais tem sido cada vez mais comum ao longo das últimas décadas. A incidência de casos de infertilidade, de endometriose, de síndrome dos ovários poliquísticos e de cancros ginecológicos têm aumentado largamente e numa idade cada vez mais precoce.

Certas patologias, como a obesidade e a diabetes mellitus, e alguns aspetos relacionados com o estilo de vida como alterações do padrão do sono, stress prolongado e alimentação inadequada podem estar na base desses desequilíbrios. 

Assim, a alimentação e a nutrição tornam-se uma valiosa ferramenta na prevenção de desequilíbrios hormonais e na diminuição dos sinais e sintomas associados a esses desequilíbrios.

Por isso, por sabermos da importância do equilíbrio hormonal para a saúde da mulher e por acreditarmos que podemos ajudá-la, criamos o programa Nordic Women’s Health, um programa onde o foco é você.

Tendo por base a mais atualizada evidência científica, procuramos integrar os seus sinais e sintomas na sua história, para descobrirmos as causas adjacentes e podermos desenvolver uma abordagem única e personalizada, focada em si.


Principais áreas de atuação:
– Síndrome Pré-menstrual
– Síndrome dos Ovários Poliquísticos
– Endometriose
– Infertilidade
– Peri-menopausa
– Menopausa
– Cancro da mama hormono-dependente

No Nordic Women’s Health tem acesso a um acompanhamento médico e nutricional individualizados e permanentes, para que juntos consigamos atingir o seu melhor estado de saúde.

Além disso, tem ainda a oportunidade de fazer estudos hormonais específicos que nos vão ajudar a compreender melhor a sua situação clínica e que nos permitirão desenvolver uma abordagem ainda mais exclusiva.


Como se processa?
1. Preenchimento de um questionário de preparação para a sua consulta médica/de nutrição, com o objetivo de recolher informação clínica relevante sobre a qual iremos trabalhar durante a primeira consulta
2. Consulta de medicina funcional e personalizada, seguida da Consulta de nutrição funcional e personalizada
3. Realização de análises clínicas e testes de estudo hormonal específicos, se necessário
4. Plano de tratamento e plano alimentar individualizados
5. Follow-up pela patient support que lhe for destinada

Consulta de Medicina Funcional e Personalizada: Dr Eduardo Coelho
Consulta de Nutrição Funcional e Personalizada: Drª Andreia Morim

Contacte-nos:
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Síndrome dos Ovários Poliquísticos: depois do diagnóstico

Depois do diagnóstico de Síndrome dos Ovários Poliquísticos (SOP) é normal que surjam várias questões sobre o que fazer a seguir e sobre o seu tratamento.


Do que se sabe até ao momento, a SOP é uma condição clínica que afeta entre 12 a 18% das mulheres em idade fértil e que não tem cura. Contudo, é possível melhorar esta condição se mudarmos alguns aspetos sobre os quais iremos falar hoje.


De uma forma geral, a modificação do comportamento e estilo de vida é a abordagem terapêutica de primeira linha da SOP. Em particular, foi demonstrado que a redução do peso pode ajudar a diminuir os níveis de testosterona, a melhorar a resistência à insulina e a melhorar o perfil lipídico das mulheres com SOP, além de reverter a anovulação (ausência de ovulação).


A gestão do peso incorpora três aspetos:
– Perda de peso
– Prevenção do aumento de peso
– Manutenção do peso perdido

– DIETA
É um dos pilares do estilo de vida. A alteração da alimentação das mulheres com SOP pretende ajudar a atingir um peso saudável e adequado, sendo que os principais objetivos dessa mudança são:
– Diminuir a ingestão calórica
– Reduzir o volume de alimentos ingeridos
– Optimizar a distribuição de macronutrientes da dieta

– EXERCÍCIO FÍSICO
Tal como a dieta, também o exercício físico torna-se uma componente fundamental para a gestão do peso. Neste ponto, os objetivos são:
– Aumentar o dispêndio energético
– Aumentar a atividade física diária (ex: escolher as escadas em vez do elevador)
– Reduzir o sedentarismo


– COMPORTAMENTO
Já sabemos que mudar a alimentação e/ou aumentar a prática de exercício físico são pontos fundamentais para minimizar o impacto que a SOP tem na saúde. No entanto, mudar é um processo que requer muitas vezes um grande esforço e, mais ainda, quando essa mudança deve manter-se ao longo de toda a vida.
Nesse sentido, é também importante que haja um acompanhamento a nível comportamental que ajude ao longo deste processo de mudança.
– Estabelecer objetivos realistas
– Definir ferramentas de monitorização do processo de mudança
– Resolver problemas e os estímulos que possam causar esses problemas
– Ter apoio das pessoas mais próximas


Entre outras, são medidas que vão ajudar a que o processo de mudança e a manutenção dessa mudança aconteça de uma forma mais leve e menos stressante.


Se foi diagnosticada recentemente com SOP saiba que não está sozinha. Procure profissionais que a consigam auxiliar e construa a sua equipa multidisciplinar para que juntos possam atingir o seu melhor estado de saúde.


FONTES:
– Diamanti-Kandarakis E, Christakou C, Marinakis E. Phenotypes and enviromental factors: their influence in PCOS. Curr Pharm Des. 2012;18(3):270-282. doi:10.2174/138161212799040457
– Brennan L, Teede H, Skouteris H, Linardon J, Hill B, Moran L. Lifestyle and Behavioral Management of Polycystic Ovary Syndrome. J Womens Health (Larchmt). 2017;26(8):836-848. doi:10.1089/jwh.2016.5792

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