Mulher, 34 anos, com encefalomielite miálgica e síndrome de fadiga crónica
A nossa paciente foi diagnosticada por encefalomielite miálgica (EM / síndrome de fadiga crónica) após uma infecção no Outono de 2013. A infecção não progrediu e ela continuou, como habitualmente, com trabalho e exercício. Após cada exercício, ela ficava com dor de garganta. Mais tarde, começou a sentir falta de força nas pernas, mesmo com pequenos esforços. A nossa paciente tinha muito pouca força física e mental e a sua saúde e bem estar deterioravam-se rapidamente. Sentia taquicárdias, palpitações cardíacas, infecções frequentes com febre e sensações sonoras e leves que eram muito stressantes. Tinha feito algumas alterações alimentares e começou com a acupunctura. Em 2016, a paciente começou a sua viagem na Nordic Clinic com o preenchimento de um questionário abrangente e de um diário alimentar.
Testes utilizados:
- Teste de SIBO
- Teste de ácidos orgânicos
- Teste da flora Intestinal
- Teste genético
Testes – Resultados:
- O teste de SIBO mostrou elevado crescimento bacteriano.
- O teste de ácidos orgânicos mostrou alguns distúrbios nos processos bioquímicos, tais como produção de energia mitocondrial.
- O teste da flora intestinal mostrou algum sobrecrescimento de leveduras no intestino e um défico de ácidos gordos de cadeia curta.
- O teste genético revelou, entre outras coisas, polimorfismos nucleotídicos únicos (SNPs) em genes responsáveis pela biotransformação, desintoxicação e produção de antioxidantes endógenos, um risco aumentado de inflamação via IL-6 e uma diminuição da sinalização da vitamina D.
Sugestão de Tratamento:
- Eliminação do sobrecrescimento bacteriano: Dieta baixa em FODMAPs, assim como agentes antimicrobianos para melhoria do sobrecrescimento bacteriano e tratamento antiviral (diminuindo a replicação viral).
- Optimização da produção de energia mitocondrial: terapia nutricional orientada com nutrientes específicos para apoiar os processos bioquímicos.
- Apoio à integridade e função da mucosa intestinal/ promoção de uma flora intestinal saudável e rica: Probióticos/Butirato/Suplementação para promover um bom ambiente na mucosa intestinal.
- Suplementos para suporte dos processos identificados pelo teste genético.
Intervenções de estilo de vida sugeridas:
- Comer uma grande variedade de alimentos para contribuir para a riqueza microbiana na flor intestinal.
- Aumentar gradualmente a actividade física.
- Meditação.
- Exposição à luz solar no início da manhã.
- Exercícios para activação do nervo vago.
Resultados e follow-up:
- Após o tratamento, o paciente foi submetido a um novo teste de SIBO, com resultado negativo.
- A paciente começou a praticar exercício físico em 2017 e hoje consegue exercitar-se cerca de 75% e sente-se “muito, muito melhor”.
- A paciente melhorou significativamente a digestão, recupera mais rapidamente e consegue integrar mais atividades.
- A necessidade de dormir diminuiu significativamente.